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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Relatório do desastre teve aval de Bolsonaro

Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo levou balanço para apreciação do presidente. Mas a apresentação ficou a cargo de almirante


postado em 05/11/2019 06:00 / atualizado em 05/11/2019 10:50

General Azevedo e Silva abriu evento, mas passou a palavra para o comandante de Operações Navais, almirante Leonardo Puntel(foto: Valter Campanato/ABR)
General Azevedo e Silva abriu evento, mas passou a palavra para o comandante de Operações Navais, almirante Leonardo Puntel (foto: Valter Campanato/ABR)

Quem falou mesmo foi o Almirante Leonardo Puntel, comandante de Operações Navais, ao apresentar relatório sobre as ações contras as manchas de óleo, já devidamente autorizado pelo comandante-em-chefe Jair Bolsonaro (PSL). Depois de mostrar o documento ao presidente, o encarregado de pedir a bênção de Bolsonaro foi o ministro da Defesa, General Fernando Azevedo e Silva e foi ele quem abriu a entrevista. E não ficou para as perguntas dos jornalistas.

Passou a palavra ao almirante Leonardo Puntel por ter sido o primeiro a falar. “Não sabemos se existe muita coisa ou pouca coisa. Não existe uma maneira correta” iniciou, destacando a necessidade de “monitorar essas manchas de óleo”. É óbvio, mas prudência pouca não é bobagem diante da repercussão internacional.

Já depois da fala do almirante, foi a vez do delegado Franco Perazzoni, chefe do serviço de geointeligência da Polícia Federal, cargo com nome chique, mas apropriado para a questão. Afinal, não é de hoje que a Polícia Federal aponta o navio Bouboulina, de bandeira grega, como “suspeito” pelo derramamento.

E a PF não perdeu tempo e abriu mais uma etapa da Operação “Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida”. Diante da fala de Bolsonaro tratando como o “pior está por vir”, o cenário mudou. Nada de floresta, são as praias do Nordeste. É que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, estava lá na região. Daí o presidente ter ido ao Ministério da Defesa para se inteirar das últimas notícias sobre as investigações do caso.

Para encerrar este assunto, o próprio general Azevedo e Silva, o ministro da Defesa, avisou que as ações avançam simultaneamente em três frentes: apuração sobre responsáveis pelo derramamento, identificação das manchas de óleo no mar e contenção de danos nas praias. Chega, então.

Só que não dá. Afinal, o caso Marielle não deixa. “Para se chegar à verdade real dos fatos, é necessária uma investigação criteriosa e baseada em provas sobre as quais não haja dúvidas. Os elementos suscitam as mais diversas indagações acerca das provas e das conclusões a se tirar delas”. O pedido é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e do deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ). Ou seja, a novela do caso tem de continuar.

Diante de tudo isso, já que tem Marielle, vale o registro: o Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro e o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSL), e como não poderia deixar de ser o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A gravidade

“Acho que a frase dele foi grave. Além disso, ainda fez críticas ao Parlamento, como se o Parlamento fosse um problema para o Brasil. É uma cabeça ideológica”. Começou assim o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao condenar as declarações do general Augusto Heleno e a defesa do AI-5. E não deixou barato: “Infelizmente, o general Heleno virou um auxiliar do radicalismo do Olavo de Carvalho. É uma pena que um general da qualidade dele tenha caminhado nessa linha”, afirmou, durante entrevista concedida em Jaboatão dos Guararapes (PE), onde foi receber uma homenagem por defender o crescimento do Nordeste.


Ciro ataca

O programa radiofônico não poderia ser mais apropriado já que era “o Pânico” da Rádio Jovem Pan. Afinal, o convidado de ontem foi o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT), o terceiro colocado no primeiro turno da eleição do ano passado. E ele abriu a sua artilharia habitual. Atacou o ministro da Economia, Paulo Guedes, um dos seus alvos prediletos, além de xingar os ministros da Educação, Abraham Weintraub, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Nesta lista, qualquer dos alvos já serviria para ele.

Em números

Só em outubro, o presidente fez 13 ataques pessoais contra jornalistas ou à forma como o jornalismo é feito no país. Fizemos questão de separar o que são críticas conceituais e o que se configura simples agressões. Desde a posse, já foram 99 ataques pessoais e agressões a veículos específicos. São manifestações do tipo “a imprensa é nossa inimiga” ou “se valesse, jornalista já estaria tudo preso”. Registro oficial do Senado: “a garantia da liberdade de expressão artística foi tema de mais um ciclo de debates ‘Expresso 168’, da Comissão de Cultura. E os dados foram apresentados pela presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga.


Por fim…

Promessa feita, promessa cumprida. E se já tinha notícia–crime do PT, PCdoB, PDT, PSB, Psol e a Rede Sustentabilidade, agora o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pode ter de enfrentar o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. O pedido pela cassação de seu mandato foi feito ontem pela Rede por quebra de decoro parlamentar. É o AI-5 de novo, óbvio, que o filho do presidente da República defendeu e depois pediu desculpas. Para a Rede, no entanto, nada adiantou. Melhor então esperar os próximos capítulos desta novela que ainda vai longe.

Pinga-fogo

“Censura não se debate, censura se combate”. Basta esta frase da ministra e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, ao tratar da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) e a mudança no Conselho Superior de Cinema.

Na Câmara Municipal de Belo Horizonte, foram aprovados pedidos de informação a movimentos e entidades, sobre direitos e serviços prestados para tratar do plano de trabalho. Que fique claro, trata-se da elaboração da cartilha “Pela Vida das Mulheres”.

A revista UFO informa: ufólogos experientes de todo o mundo garantem: “nunca estivemos tão próximos de vermos os governos acabarem com o embargo à realidade dos discos voadores e sua origem extraterrestre. A nação que mais esconde informações são os Estados Unidos, óbvio.

“Eu pretendo ler primeiro com calma”. O aviso foi dado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) do projeto que vai regulamentar a aposentadoria por periculosidade que ele pretende apresentar. A expectativa era de que ele apresentaria ontem.

Ele mesmo explica: “é preciso regulamentar de uma vez por todas as atividades de risco. Os trabalhadores precisam saber, de forma transparente e rigorosa, quais são os seus direitos”, alega, acrescentando ainda que faz parte de um acordo.

Para deixar claro, o acordo foi costurado pelo líder do governo do Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). No meio do caminho, está a aprovação da reforma da Previdência. O jeito então é aguardar.
 

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