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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Palanque já está armado para 2022

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, já antecipou que pretende disputar o Palácio do Planalto


postado em 02/11/2019 04:00 / atualizado em 03/11/2019 08:00

CAROLINA ANTUNES/PR
Governador Wilson Witzel trata Bolsonaro como %u201Ccarta fora do baralho%u201D na eleição de 2022 (foto: CAROLINA ANTUNES/PR)


A pesquisa feita na quinta-feira pela Torabit, uma plataforma de monitoramento digital, mostra o tamanho do estrago na família Bolsonaro por causa do deputado Eduardo, filho do presidente da República. O Ato Institucional número 5, o AI-5, como é mais conhecido, esteve entre os temas mais comentados no Twitter.

De acordo com a Torabit, 96% das menções diante das declarações do filho do presidente da República eram negativas. O restante ficou dividido. Foram 2% favoráveis e os demais neutros. Se não é unanimidade, diante da margem de erro, mudou de nome.

Só para lembrar, vale o registro ditatorial: o AI-5 configurou nada menos que a face mais dura e cruel da repressão da ditadura militar neste país no século passado. Era comentário da coluna de quinta-feira. Se até a data direito o deputado Eduardo Bolsonaro errou ao tratar da luta armada, que só começou depois de o AI-5 já ter sido editado, melhor mudar de assunto. Já encheu.

Bem, nem tanto. No meio do caminho tem a eleição presidencial em 2022. E quem anda bastante interessado em participar é o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Tanto que já mira na família Bolsonaro, partiu para o ataque.

O alvo é por causa da novela envolvendo a morte da vereadora Marielle Franco, que Jair Bolsonaro aproveitou. E claro que Witzel não deixou barato e fez o contra-ataque no palanque das redes sociais. E tratou o presidente como “carta fora do baralho” na próxima eleição. Palanque armado, com direito a trocadilho.

Afinal, não é trocadilho, é fato consumado. Chama que a Interpol vem aí. A Polícia Federal (PF) pediu ajuda à Interpol para tentar provar que o derramamento de óleo no mar que atingiu vários estados nordestinos foi feito de propósito. “Nós temos o local, a data e indícios suficientes de autoria. Faltam ainda detalhes das circunstâncias, alega a PF”.

Enquanto espera, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão ontem contra as empresas Lachmann Agência Marítima e Witt O’Brien’s. Ambas têm sede no Rio de Janeiro e são vinculadas à Delta Tankers, a tal companhia que seria a dona do navio mercante Bouboulina.

Por fim, já que subiu no palanque errado, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nem esperou a poeira baixar e muito menos está preocupado com os negócios do terceiro comprador do Brasil. Na declaração, foi econômico. Ele apoiava Mauricio Macri, que perdeu para Alberto Fernández e, em especial, a vice-presidente eleita, Cristina Kirchner. “Não vou. Decidido.”

Diante disso, decido encerrar a coluna por hoje. A conta dos prejuízos ainda está por vir mesmo. Mi Buenos Aires querida não é mais tão querida assim. Pelo menos para o tango de Bolsonaro.

Pôr nos trilhos
Quem esteve na Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Minas, realizada na Assembleia Legislativa (ALMG) no fim de semana, foi o consultor Luiz Antonio Athayde Vasconcelos, que falou por quase três horas sobre a questão das redes ferroviárias em Minas Gerais. Para ele, nosso estado está distante da agenda nacional em relação às ferrovias. “Já está na hora de assumir seu protagonismo neste momento da logística de transportes, sob o risco de perder o trem da história.” Para ele, falta vontade política para o desenvolvimento de projetos e deve ser assumida pela Assembleia, “como representante dos anseios da população”, alertou.

Para alertar
Como não poderia deixar de ser, o presidente da Comissão Extraordinária, deputado João Leite (PSDB), que tem como vice-presidente Gustavo Mitre (PSC), destacou que a MRS paga R$ 400 milhões por ano de outorga e nada disso fica em Minas Gerais. Já não recebemos ICMS por causa da Lei Kandir. “Temos que ter um grito forte”, alertou o deputado tucano. E sugeriu uma ação coordenada da Assembleia com a bancada federal e o governo do estado para “deixar claro ao governo federal, detentor dos recursos, a necessidade de cumprir uma agenda que de fato beneficie as áreas produtoras no novo cenário mundial relacionado à segurança alimentar”.

MARCELO FERREIRA/CB/D.A. PRESS
(foto: MARCELO FERREIRA/CB/D.A. PRESS )


R$ 10 bilhões?
A conta está certa? Melhor pegar uma calculadora. Pois foi o que fez, ontem, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (foto). A dele indicou, em simpósio sobre a Amazônia na Câmara dos Deputados, que é possível explorar a região, o que proporcionaria para o estado do Amazonas “uma renda anual de R$ 10 bilhões e também libertaria o país da dependência de potássio para fabricação dos nossos fertilizantes”. Só para lembrar, em maio deste ano, movimentos indígenas registraram ser contrários em nota “porque as obras afetariam seus territórios e unidades de conservação”.

Chicagos Boys
Um último registro. Crise? Que crise? “Acredito muito na maturidade da democracia brasileira.” Quem ressaltou foi o alto integrante do Chicagos Boys, ministro da Economia, Paulo Guedes, ao anunciar mais um pacote de reformas que será entregue pessoalmente por ele terça-feira agora. Diante da crise da família Bolsonaro, foi, como não poderia deixar de ser, econômico na resposta. “Acredito muito na maturidade da democracia brasileira.” Uai, poderia ser diferente? Me poupe…

Alto custo
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, deve estar de fato arrependido de ter largado para lá o comando da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). Sem muito apoio no Congresso, o seu pacote anticrime ainda vai dar muita dor de cabeça. Lá ele está sendo tratado como “cortina de fumaça”, para tirar as questões do Palácio do Planalto pelo menos um pouco de lado. O problema, no entanto, é que a relatoria deve ficar com algum integrante do Centrão. E é lógico que seus integrantes “vão dar o preço”, avisa experiente deputado.

PingFogo

Marielle pra cá e pra lá. O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) pede troca da procuradora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, responsável pelo caso, que ainda está sendo investigado. O pedido foi endereçado ao procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, José Eduardo Gussem. Mas ela já pediu afastamento do caso.

E tem mais Ministério Público, só que no eleitoral. No meio do caminho do MPE o pedido é para bloquear o fundo partidário do PSL. É aquela novela que não tem fim diante do racha que envolveu e ainda envolve o partido do presidente Bolsonaro. Pelo menos, por enquanto.

Já foi aprovada na Comissão de Seguridade Social e Família o projeto do deputado Luís Tibé (Avante-MG) que torna obrigatória a aplicação de provas em braile e na língua brasileira de sinais (Libras) para candidatos com deficiência visual ou auditiva em concursos.

Em todos os concursos públicos, vale ressaltar, realizados pela administração pública direta e indireta. A instituição que descumprir estará sujeita a multas de R$ 10 mil para cada prova feita por candidato com deficiência visual ou auditiva em desacordo com os critérios fixados.

A proposta, com apoio de uma coleção de outros parlamentares, ainda será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em caráter terminativo. Melhor seguir a sugestão. Bom dia a todos.

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