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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Falta de humor

Levar a sério esse lado, treinar a gargalhada diante de nossa impotência é a base para uma vida mais saudável, descontraída e feliz


07/11/2021 04:00 - atualizado 07/11/2021 08:05

Uma mulher mal-humorada
Mau humor leva a pessoa ao sofrimento



“Sou o tipo de mulher mal-humorada! Tenho preguiça, inclusive de pessoas que vivem sorrindo. Eu, por exemplo, quando fico mal-humorada, nada me faz mudar isso. Prefiro ficar só e sem falar com ninguém, pois tudo me irrita e não vejo graça em nada”

Fátima, de Vespasiano

O mau humor esconde uma depressão não percebida e, portanto, não tratada. Tem como base um aprendizado de responder com irritação e tristeza à realidade, quando essa não se apresenta da maneira que se gostaria. Pessoa mal-humorada tem um baixo limiar de frustração. Ela gostaria que o mundo fosse como ela deseja, o que evidentemente não acontece.
 
Todos nós temos precário controle sobre a realidade que, por ser vasta muitas vezes, não se adapta aos nossos desejos, a isso chamamos de problemas. E justamente pela realidade ser maior que nossos desejos, não podemos levar a vida muito a sério.

Silvia Cardoso, neurocientista da Unicamp, que estuda o riso e seus efeitos, afirma que “ser bem-humorado significa perceber que a maior parte das situações que vivemos não é nem muito importante, nem muito séria e nem muito grave”.

Acontece que a sociedade não valoriza a alegria e dá muito valor à seriedade e à responsabilidade. Levamos tudo a ferro e a fogo e transformamos as pequenas contrariedades em questões de vida e morte.

Somos muito rigorosos conosco, com as pessoas e com o mundo. É claro que não é possível estarmos sempre de bom humor, de vez em quando temos raiva, tristeza e ansiedade, o que não podemos transformar isso em um jeito de viver.

A reclamação constante, a mania de olhar sempre o lado negativo das coisas, a autopiedade, relacionar-se com pessoas de baixo-astral são alguns hábitos que reforçam nossa tendência ao mau humor.

A palavra humor, que vem do latim, significa “deixar fluir”: aceitar as próprias falhas e desenvolver a entrega. Deixar fluir significa deixar também que os sentimentos negativos aconteçam. Bom humor não significa alegria permanente. O que não podemos é permanecer muito tempo na irritação e transformar esse estado em uma maneira de viver, como faz a pessoa que sofre do mau humor.

Existem hábitos que favorecem o estado de alegria ou reforçam os estados de mau humor. A reclamação sistemática, verbalizada ou pensada, a mania de olhar sempre o lado negativo das coisas, a autopiedade, frequentar lugares onde existem pessoas de baixo-astral, são alguns hábitos que reforçam nossa tendência à depressão. Assim, a pessoa mal-humorada, que sofre essa depressão, se sente infeliz com a vida e com as pessoas que fazem parte dela.

A vida é para ser vivida com muita alegria, e não para ser mantida. A família, o trabalho e as relações com os amigos precisam ser usufruídos por nós, e não serem conservados.

O autoconhecimento é uma ferramenta importante para melhorar nossa qualidade de vida. Muitas pessoas fazem um grande esforço para se conhecerem e depois não se aceitam. É comum as pessoas abandonarem uma terapia ao tomar consciência de si próprias, e de seus problemas.

Dormir um bom sono, fazer exercícios físicos pela sua capacidade de estimular a liberação de endorfinas, excluindo os exercícios competitivos, praticar orações, brincar, ouvir músicas relaxantes, dedicar-se a alguma arte são hábitos que nos predispõem a uma visão de vida menos estressante.

A alegria não é algo que vem de fora, mas faz parte da essência humana, e não é difícil transformar o nosso comportamento de mal-humorado para um bem-humorado. Basta aumentar nossa tolerância e aprender a rir das situações que fogem ao nosso controle.

Tudo tem o seu lado engraçado. Levar a sério esse lado, treinar a gargalhada diante de nossa impotência é a base para uma vida mais saudável, descontraída e feliz. Se não levarmos a vida tão a sério seremos capazes de rir de nós mesmos, que é o máximo de “bom humor”.

Como somos imperfeitos, temos pontos positivos e negativos. Para sermos felizes, temos de nos amar, nos aceitar como somos, incluindo evidentemente os defeitos, os sentimentos negativos, as imperfeições corporais, emocionais, intelectuais, financeiras etc. O bom humor, a alegria, o bem-estar consigo mesmo são pontos importantes para se ter uma vida social, familiar etc. bem mais serena.

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