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Como fortalecer a autoestima

Se quisermos nos amar cada vez mais, devemos consentir na ideia que todos nós temos um grande valor: o fato de sermos humanos, de existirmos


22/11/2020 04:00 - atualizado 20/11/2020 15:17

 
 
“Você sempre fala da importância da autoestima na nossa vida. Eu sou uma pessoa insegura e sempre me desvalorizo. Como fortalecer a autoestima?”

Nivaldo, de Santa Luzia

As crenças e convicções que temos a respeito de nós mesmos determinam fundamentalmente o amor a nós próprios. Existem alguns princípios, aprendidos desde a infância, que nos predispõem à autodesvalorização. O primeiro deles é o perfeccionismo. É a obrigação de nunca errar.

É o apego excessivo ao “ótimo” em todas as circunstâncias da vida. Querer fazer as coisas benfeitas não só é legítimo como é altamente motivador. Isso é diferente de ter a obrigação de sempre acertar e de sempre fazer as coisas bem.

Essa ânsia de perfeição está ligada ao desejo de sempre corresponder às expectativas dos outros, ainda que essas expectativas estejam tão internalizadas que pareçam ser nossas. Fazer as coisas com perfeição não nos garante importância real.

Aceitar os erros como inerentes às limitações humanas nos fará vê-los como ocasião de aprendizado e não como motivos para o sentimento de culpa.
 
Mais importante que o resultado final é o nosso empenho no momento presente em realizar nossas atividades. Esse pensamento pode nos levar a substituir o princípio perfeccionista pelo princípio da inteireza. Ser inteiro em nossas ações é fazê-las com amor, com dedicação, com totalidade, ainda que o resultado não saia como gostaríamos.

Outro princípio nefasto à nossa autoestima é a necessidade compulsiva de aprovação alheia. Quando crianças, aprendemos que todo o nosso valor se baseava na aprovação dos pais.

A criança se reconhece a partir do olhar aprovador ou desaprovador do adulto. À medida que crescemos, seria natural que deixássemos de nos dirigir de fora e passássemos a ser dirigidos de dentro de nós mesmos.

Para a maioria isso não ocorre, e sua autoestima se baseia infantilmente na aprovação alheia, nos elogios e comentários de terceiros.

Nessa situação, quando alguém nos critica ou não reconhece aquilo que fazemos, sentimo-nos frustrados, decepcionados e com pouca valia. Saber lidar com a crítica é o primeiro passo para quem quer fortalecer sua autoconfiança. O fato de alguém criticar nossos comportamentos não tira o nosso valor como pessoa humana.

Quantas outras coisas fazemos bem, quantas qualidades pessoais nós temos. O que nós somos também é importante, e não só o que fazemos e como fazemos. O que as outras pessoas pensam a nosso respeito é apenas uma opinião. É impossível termos aprovação de todos o tempo todo.

No fundo, nosso medo da crítica é o medo da rejeição. Uma das realidades da vida é que é impossível passar nossa existência sem sermos rejeitados de vez em quando. Nem todas as pessoas vão gostar de nós, como também não vamos gostar de todas as pessoas que conhecermos.

Um outro princípio responsável pela nossa baixa autoestima é a crença amplamente difundida, principalmente entre as mulheres, de que para ter valor precisamos ter um relacionamento afetivo-sexual. Ou seja, para ter valor precisamos de uma outra pessoa.

Manter um relacionamento pode ser nosso desejo e pode ser muito prazeroso. Isso é diferente de achar que sem ele não valemos nada. Para viver precisamos satisfazer nossas necessidades naturais: comer, dormir, tomar água etc.

Para ser felizes não precisamos de alguém que nos ame. Há muita diferença entre estar só e sentir solidão. Estar só pode ser uma opção, ou uma contingência. Sentir solidão é sofrer com essa realidade, acreditando ser impossível ser feliz sem alguém. É sempre possível desfrutar da vida sem um namorado ou um marido.

Há momentos em que não vamos conseguir o que desejamos ou merecemos. A ganância com relação à vida, objetivos exagerados, a falta de humildade para aceitar a realidade, na sua imperfeição e transitoriedade, podem nos deprimir e minar nossa autoestima.

Se quisermos nos amar cada vez mais, devemos consentir na ideia de que todos nós temos um grande valor: o fato de sermos humanos, de existirmos.

Transferir esse valor para nossas realizações, para os elogios externos, para o amor de alguém por nós, para nossa aparência física ou quaisquer fatores sociais é um convite para a perda da autoestima e para a depressão.

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