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É possível viver bem com a doença renal crônica? Especialistas respondem

Diagnóstico precoce é fundamental para que paciente renal pode ter qualidade de vida e conviver bem com a doença, seu tratamento e suas diversas fases


12/03/2021 04:00


Ontem (11/3) foi comemorado o Dia Mundial do Rim, assunto que não sai de minha cabeça nos últimos anos. Isso porque um dos maiores problemas da idade é o excesso de funcionamento do órgão, não há bexiga noturna que aguente. Quando levei minha mãe para conhecer a Europa – ela tinha paixão por Portugal; tenho o caderno onde tomava nota das viagens, acho que escrevia a noite inteira –, ela colocou dentro de sua mala uma latinha vazia de dois litros, não acreditava que todos os hotéis tivessem banheiro no quarto. Achei muita graça e a latinha foi e voltou depois de 30 dias – intocada.

A comemoração de ontem foi idealizada pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN). O Dia Mundial do Rim (DMR) tem como objetivo reduzir o impacto da doença renal em todo o mundo, sendo comemorado na segunda quinta-feira de março. A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) coordena a campanha no Brasil, desenvolvendo material informativo e educativo sobre os fatores de risco para a doença renal crônica (DRC) para todas as regiões do país, visando estimular os cuidados com a saúde dos rins.

"Um dos objetivos da campanha mundial de 2021 é ressaltar a importância de educar e conscientizar a população sobre os sintomas da DRC e mostrar que o paciente renal pode ter qualidade de vida e conviver bem com a doença, seu tratamento e suas diversas fases", comenta Osvaldo Merege Vieira Neto, presidente da SBN. O conhecimento do paciente, sua autonomia, envolvimento e resiliência também são tópicos importantes da campanha.

O diagnóstico da doença renal crônica pode ser um grande desafio para o paciente, seus familiares, amigos e pessoas do seu convívio social. "Por isso, é fundamental todos entenderem que a DRC, embora apresente sintomas e exija cuidados e gerenciamento com profissionais da saúde, é uma patologia que pode (e deve) ser controlada com tratamentos que visam longevidade, aliviam os sintomas e restauram/substituem a função renal", explica Merege.

Para o presidente da SBN, o DMR deste ano repetirá o grande sucesso dos anos anteriores, com número cada vez maior de atividades, sendo o Brasil o atual campeão em ações em todo o mundo. "Para isso, há o engajamento de diversos profissionais de saúde, assim como da maioria dos associados da sociedade." Com o tema "Vivendo bem com a doença renal", o objetivo é ressaltar a importância da saúde renal e conscientizar as pessoas sobre a necessidade da prevenção e diagnóstico precoce da DRC.

A doença renal crônica se caracteriza por lesão nos rins, que se mantém por três meses ou mais, com diversas consequências, pois os rins têm muitas funções, entre elas regular a pressão arterial, filtrar o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras.

Em geral, nos estágios iniciais, a DRC é silenciosa, ou seja, não há sintomas ou são poucos e inespecíficos. Por isso, o diagnóstico pode ocorrer tardiamente, quando o funcionamento dos rins já está bastante comprometido, muitas vezes em estágio muito avançado, sendo necessário o tratamento de diálise ou transplante renal. Assim, são fundamentais a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, com exames de baixo custo, como a creatinina no sangue e o exame de urina simples.

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