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Vergonha é o sentimento mais apontado por quem tem psoríase. Veja detalhes

Pesquisa ainda revela manchas na pele trazem outros transtornos importantes e podem afetar o relacionamento com o parceiro


18/02/2021 04:00

Pesquisa revela que apenas 38% de portadores de psoríase frequentam praias e piscinas no verão(foto: Ralf Tooten Photographer/Pfizer/Divulgação)
Pesquisa revela que apenas 38% de portadores de psoríase frequentam praias e piscinas no verão (foto: Ralf Tooten Photographer/Pfizer/Divulgação)

Calor de verão, sem praias e sem piscinas, livra muitas pessoas da psoríase, uma enfermidade da pele autoimune, não contagiosa e sem cura. A presença das manchas róseas ou avermelhadas, cobertas por escamas esbranquiçadas, decorrentes da doença, atinge cerca de 1,3% da população brasileira. A incidência é maior em homens e mulheres entre 30 e 39 anos. O verão, por ser a estação na qual a pele fica mais exposta ao sol, é o período de maior preocupação e cuidado para esses pacientes. De acordo com o Relatório sobre Pacientes com Psoríase – Brasil, realizado pela HSR Health, empresa da holding HSR Specialist Researchers, no verão, 62% dos psoriáticos deixam de expor seu corpo em praias e piscinas devido à vergonha e baixa autoestima causada pelas manchas na pele.

Os dados do levantamento deixam claro que o impacto da psoríase vai muito além das lesões cutâneas e eventuais problemas nas articulações. As manchas na pele trazem outros transtornos importantes e podem afetar o relacionamento com o parceiro (a), visto que 62% afirmaram que essa relação é bastante ou muito problemática. A vergonha é o sentimento mais apontado pelos entrevistados. Para 79% deles, essa é a emoção mais forte com relação à doença, seguida de baixa autoestima (78%) e tristeza (75%). Especificamente com relação ao verão, somente 38% dos entrevistados afirmam que vão a praias, piscinas e expõem o corpo na estação. Outros 38% evitam esses locais e 24% frequentam, mas não tiram totalmente a roupa.

Conforme o estudo, o tempo médio que separa o paciente do diagnóstico à busca por ajuda médica é de três anos e oito meses. Segundo os psoriáticos, eles passam em até três médicos para receber o diagnóstico. O estudo ouviu 180 pacientes e as marcas da doença estão presentes em 94% da amostra, independentemente se o tratamento é feito pela rede privada ou pública. Em média, o paciente com a enfermidade tem mais de um terço do corpo com lesões. Entretanto, 27% declaram que têm mais de 50% da pele comprometida. Apenas 6% disseram não ter marcas. Problemas articulares também afetam cerca de um terço dos pacientes com psoríase, caracterizada por artrite psoriática. Quando observados pacientes atendidos via SUS, o percentual sobe para 41%.

No total, 29% dos psoriáticos não tratam a doença. Entre os 71% que tentam controlar os sintomas há, em média, relatos de dois efeitos colaterais do tratamento. Coceiras foram apontadas por 27%. Ainda entre as principais consequências estão perda de cabelo (22%), ganho de peso (20%), dor de cabeça (16%), vermelhidão, calor, prurido ou ondulações na pele no local da injeção (11%) e alergias (11%). Os tipos de cuidado mais comuns envolvem o uso de cremes hidratantes (69%), pomadas (68%), comprimidos (33%) e injeções de medicamentos biológicos (19%). Na maioria dos casos, o acesso às formas de tratamento se dá pela rede particular e 22% dos pacientes recorrem exclusivamente ao SUS.

Segundo Bruno Mattos, sócio-diretor da HSR Health e responsável pelo estudo, "o paciente leva muito tempo para procurar ajuda médica especializada para o tratamento da psoríase, carregando as lesões muitas vezes por anos. Mesmo pacientes que já receberam o diagnóstico médico, um terço não faz tratamento. Chegou a hora de melhorar a qualidade de vida do psoriático, oferecer os melhores tratamentos e recuperar sua autoestima". Para entender o status de pacientes psoriáticos no Brasil, formas de tratamentos e relação com a doença, a HSR Health realizou pesquisa on-line entre 1º e 15 de dezembro de 2020, por meio de metodologia quantitativa, englobando 180 pacientes diagnosticados com a doença. O estudo teve abrangência nacional e distribuição entre todas as idades, gêneros e classes sociais. O nível de confiança é de 95%, e a margem de erro é de 
7,3 pontos percentuais.

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