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Conheça novos tratamentos para doenças renais crônicas

A terapia de hemodiafiltração on-line substitui com eficácia a hemodiálise, permitindo maior remoção de toxinas urêmicas


23/11/2020 04:00


 
Os leitores desta coluna já devem saber como o novo tratamento de hemodiálise que só existe no Hospital Mater Dei salvou meu sobrinho da morte certa. O nome é prisma, milagre certo em muitos casos em que a danada da pandemia ataca os rins. Por coincidência, recebi o e-mail abaixo sobre outra nova modalidade deste tipo de tratamento:
 
“Os resultados do primeiro ensaio clínico sobre a terapia de hemodiafiltração on-line no Brasil e também um dos maiores estudos clínicos na área da nefrologia conduzidos por pesquisadores brasileiros foram divulgados esta semana. O artigo ‘Hemodiafiltração na atividade física e desfechos autorreferidos de pacientes com doença renal crônica: Um estudo controlado e randomizado brasileiro (HDFIT)’foi publicado em uma das mais importantes revistas internacionais de nefrologia, a Nephrology Dialysis Transplantation, revista oficial da sociedade europeia de nefrologia, e se encontra disponível, na íntegra, no site do periódico (https://academic.oup.
com/ndt/advance-article/doi/10.1093/ndt/gfaa173/5960220).
 
Embora este seja o artigo principal, cinco derivados desse estudo clínico, explorando outros possíveis benefícios da terapia, já foram publicados em revistas internacionais relevantes.
A hemodiafiltração on-line é uma terapia de substituição da função renal, tal como a hemodiálise, mas diferencia-se pelas técnicas aplicadas, propiciando maior remoção de toxinas urêmicas, nocivas ao organismo, nos pacientes com insuficiência renal crônica, sendo a terapia que mais cresce no mundo. Hoje, são mais de 100 mil pacientes na Europa nessa modalidade de tratamento. Tanto que o National Institute for Health and Care Excellence (Nice), do Reino Unido, recomendou-o como terapia preferencial para pacientes em tratamento em centros de diálise daquele país.
 
Uma das grandes contribuições do presente estudo foi atestar que é factível oferecer a hemodiafiltração on-line de alto volume a pacientes brasileiros, pois o volume de filtração alto é essencial para melhorar os resultados clínicos do tratamento, como já demonstrado em estudos anteriores. De forma inédita, o estudo lançou luz sobre importante queixa do dia a dia dos pacientes em diálise, a fadiga física.
 
Na comparação entre a hemodiafiltração e a hemodiálise, após três meses na terapia, os pacientes em hemodiafiltração tenderam a apresentar maior atividade física, capturada pelo número de passos que eles caminharam após a sessão de diálise, comparado aos pacientes no tratamento convencional. Além disso, a nova terapia dialítica se mostrou superior à hemodiálise convencional na remoção de toxinas acumuladas no organismo de pacientes com insuficiência renal.
 
O estudo contou com a participação de aproximadamente 200 pacientes de 12 clínicas de diálise de diversos estados, entre eles São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. À frente do estudo está o médico Roberto Pecoits Filho, pesquisador sênior da Arbor Research Collaborative for Health, nos Estados Unidos, e professor titular da Faculdade de Medicina da PUC do Paraná. Pecoits Filho é um dos principais pesquisadores brasileiros e referência internacional na área de doenças renais.”
 
Como não entendi muito bem como o tratamento funciona, perguntei e recebi a seguinte resposta:
“O termo hemodiafiltração on-line é como a hemodiafiltração de alto volume é mais conhecida. Uma técnica e equipamento mais modernos e eficazes que conseguem remover as toxinas que a hemodiálise convencional não consegue. É considerada a terapia mais próxima do funcionamento normal de um rim saudável. Esse estudo feito no Brasil demonstra, pela primeira vez, o impacto da terapia na saúde e qualidade de vida, já que a maioria dos pacientes analisados durante o longo período do estudo teve redução drástica de complicações e internações, além de apresentar maior capacidade física para realizar exercícios e levar uma vida praticamente normal.”

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