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Conheça a história e curiosidades do picolé

Iguaria foi inventada em São Francisco, nos Estados Unidos, mas ganhou o mundo depois de 1925


11/08/2020 04:00

Picolé foi inventado em São Francisco, nos Estados Unidos, e ganhou o mundo depois de 1925 (foto: Renato Weil/EM/D.A Press %u2013 8/4/10)
Picolé foi inventado em São Francisco, nos Estados Unidos, e ganhou o mundo depois de 1925 (foto: Renato Weil/EM/D.A Press %u2013 8/4/10)
Não conhecia nada gelado na minha vida quando provei, na minha infância, o primeiro picolé. Passava uns dias de férias em Santa Luzia e um dos bares da cidade era o único que tinha uma geladeira (a outra, única também, era na casa da minha prima Mariinha Moreira, ficava na sala de jantar, era daquelas tipo caixa, com a porta abrindo para cima). A supernovidade, que espantou todos, era um cubo de gelo avermelhado, que era vendido dentro de um copo. O vermelho vinha da conhecida groselha, refresco da época, e uma vez retirado do copo, a maravilha, que tinha um pauzinho no centro, ao ser saboreado, ia ficando apenas com o branco do gelo, sua base principal. A novidade espantou todos e fez escola não só na cidade pacata do interior mineiro, como em todo o mundo.

E, por causa disso, em 14 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Picolé, cuja história dessa iguaria única é conhecida por pouca gente. O picolé nasceu por acaso em São Francisco, nos Estados Unidos. Um menino de 11 anos, Frank Epperson (1894-1983), que morava na cidade americana, esqueceu um copo de suco com uma colher no quintal em uma noite muito fria, em 1905. Ao acordar, o jovem percebeu que o suco havia congelado e estava preso na colher criando uma espécie de gelo com sabor de fruta.

Mas depois da descoberta, foi somente em 1912 que Epperson apresentou uma receita semelhante ao suco congelado dos seus 11 anos de idade. A fórmula fez sucesso. Ele resolveu patentear a receita em 1913 e comercializar a sua invenção. Em 1925, os direitos foram vendidos a uma companhia de Nova York.  E foi assim que essa descoberta, que consiste de um bloco doce congelado, que pode ser feito de suco de fruta ou outra bebida doce, geralmente de forma retangular ou cilíndrica, possuindo um palito que o atravessa verticalmente e com uma extensão livre do bloco solidificado, em uma das pontas, destinado ao manuseio da degustação, conquistou o mundo.

Mas muito tempo depois o picolé baixou por aqui e participou até de alguns concursos. Por exemplo, em fevereiro de 2013, o Bloco Picolé de Manga, de João Pessoa, registrou o recorde nacional de maior picolé de fruta, ao fazer um refresco solidificado de 227,1kg no sabor de manga. O fato foi registrado e certificado pelo Rank Brasil comemorando os 20 anos de atividade do bloco carnavalesco. Não ficou só nisso. O Guinness Book registra um recorde de uma empresa holandesa que produziu um picolé de 21 pés (algo correspondente a 6,40 metros de comprimento) em 1997.

Em 2005, houve a tentativa de estabelecer novo recorde na cidade de Nova York, produzindo um picolé de 25 metros de altura e 17,5 toneladas de suco congelado, porém, ao levar o produto e tentar levantá-lo, em uma praça da cidade e num dia quente, houve um rápido derretimento, que imundou a praça com suco de kiwi e morango. O incidente fez com que o Guinness não registrasse o evento.

Hoje, as técnicas usadas para se produzir um picolé são diversas. As sorveterias têm usado tecnologias e dispositivos que tornam o picolé mais gostoso e mais resistente ainda. E no progresso, ele ganhou outra composição, como acontece com as variedades que não usam palito e, na maioria das vezes, têm um creme simples, de frutas ou outro qualquer recheio, recoberto ou não por uma camada de chocolate.

FEITO EM CASA 
Para quem quer comemorar a data fazendo um picolé caseiro, siga a receita de creme de avelã, que leva 1 xícara de chá de leite; 1 xícara de chá de creme de leite com o soro; 6 colheres de creme de avelã. Bata tudo no liquidificador, coloque em forminhas de plástico, com o palito no centro e leve ao congelador. Ou de de goiaba: 1/2 lata de leite condensado; 1/2 lata de creme de leite; 1/2 lata de doce de goiaba. Doce de goiaba: corte algumas goiabas maduras (sem semente) em pedaços e leve ao fogo com 3 colheres de sopa de açúcar. Deixe amaciar as goiabas e coloque pouca água (se precisar). Esfrie para usar. Separe meia lata (use a do leite condensado) para a receita, deixando uns pedacinhos para colocar na picoleteira antes do líquido).

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