O teste chama-se “Galleri Blood Test” e é utilizado para a detecção precoce de pelo menos 50 tipos de câncer, empregando o sequenciamento de cfDNA (DNA tumoral livre circulante) e a avaliação de metilação gênica pela técnica do bissulfito.
Alguns testes farão parte do estudo clínico piloto a partir de 2023 ou 2024. Alguns participantes farão um dos exames de sangue multi câncer juntamente com o rastreamento padrão do câncer, como mamografias, enquanto um grupo de controle receberá apenas os testes de rotina.
Uma preocupação é que, como a detecção precoce do câncer com um exame de sangue é uma ideia tão atraente, pode ser difícil encontrar pessoas dispostas a fazer parte do grupo de controle. Somente se o estudo piloto for um sucesso o NCI se comprometeria com o estudo de acompanhamento maior para avaliar se diagnósticos anteriores realmente reduzem a mortalidade.
Os laboratórios precisam ter dados publicados e revisados por pares e mostrar que os mesmos podem replicar os resultados. Eles precisam ser capazes de bloquear os parâmetros do teste, o algoritmo que julga se os biomarcadores sanguíneos indicam câncer. O ensaio principal deverá incluir cerca de 75 mil pessoas por braço de estudo.
Então, se forem três testes e um braço de tratamento padrão, os ensaios recrutarão cerca de 300 mil voluntários e terão uma duração aproximada de 7 a 8 anos. A estimativa de estudos anteriores é que 1% dos participantes terão um teste positivo, indicando assim que têm algum tipo de câncer.
Entre os positivos, em um terço, nada é efetivamente encontrado; em um terço não há câncer, há alguma outra condição benigna que causou a positividade do teste; e em um terço, o câncer será confirmado em exames futuros. Essa é a expectativa de performance desses testes que passarão agora a ser testados em larga escala.