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Estado de Minas MERCADO S/A

Está na hora de resolver o gargalo das patentes

''A demora emperra a inovação, freia o crescimento e envenena o ambiente de negócios do país''


postado em 28/08/2019 04:00 / atualizado em 28/08/2019 10:24

(foto: Marcelo Ferreira/CB/DA.Press)
(foto: Marcelo Ferreira/CB/DA.Press)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem cobrado de sua equipe uma solução para a morosidade no registro de patentes no país. Atualmente, há 160 mil pedidos na fila do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Guedes quer reduzir o estoque em 80% até 2021, mas muita gente acha que será impossível cumprir a meta. Não deveria ser. No Brasil, uma patente demora 10 anos para ser aprovada. Na União Europeia, o prazo médio é de 3 anos. Estados Unidos, 2,6 anos. Na China, 1,8 ano. A demora emperra a inovação, freia o crescimento e envenena o ambiente de negócios do país. Uma das razões para a China estar na linha de frente da economia mundial é sua extraordinária capacidade para inovar. O governo chinês concede prêmios em dinheiro às empresas que mais registram patentes. Isso explica por que a Huawei e a ZTE, colossos da área de telecomunicações, são as companhias que mais depositam patentes no mundo.

Se depender do apetite das companhias áreas estrangeiras, o mercado brasileiro será dominado pelas empresas de baixo custo. Ontem, a low-cost chilena JetSmart, de propriedade do fundo Índigo Partners, foi autorizada a operar no país. A JetSmart pretende iniciar a operação partindo da Argentina e do Chile com destino ao Brasil. Três estrangeiras low-cost já chegaram ao mercado brasileiro: a norueguesa Norwegian, a chilena Sky Airlines e a argentina Flybondi.

Executivo francês: “É hora de deixar as picuinhas de lado”
O presidente de uma grande empresa francesa instalada há décadas no Brasil está irritado com a troca de farpas entre Jair Bolsonaro e Emmanuel Macron. “Eu amo o Brasil e sei que os brasileiros amam a França”, diz ele. “Agressões não são boas para os negócios. Eu já fiz, neste ano, reuniões com o governo em Brasília e fui bem recebido. Tenho certeza que o governo brasileiro sempre foi bem tratado na França. É hora de deixar as picuinhas de lado e trabalhar para o bem dos dois países”.

Vida útil de carros autônomos será de apenas quatro anos
Os carros autônomos prometem transformar a paisagem das cidades, mas eles também trarão efeitos colaterais. Segundo John Rick, chefe de operações da Ford, os autônomos terão vida útil de quatro anos. Isso representa um problema por dois motivos. O primeiro: eles são caros e a alta obsolescência pode torná-los inviáveis. O segundo: o que a indústria fará com os carros descartados? Vão virar sucata? Em tempo: nos Estados Unidos, a vida útil de um carro convencional é de 12 anos.

US$ 250 bilhões
Foi quanto cresceu ontem a capitalização do mercado de ouro. Com as incertezas globais, o metal precioso se tornou um investimento seguro para reduzir riscos
 

"Crise é uma chance de você mostrar o seu valor quando quase tudo à sua volta está perdendo valor"

Abilio Diniz, empresário

 

RAPIDINHAS

• A família Salton, uma das principais produtoras de vinho do país, está diversificando os negócios. Sua nova aposta é um tipo de gim, mas o grupo Salton tem investido em conhaques, chás e sucos. No ano passado, a companhia faturou R$ 362 milhões, sendo que 63% das receitas vieram das áreas de vinhos e espumantes.

• A Harley-Davidson, uma das mais famosas marcas de motos do mundo, está de olho no futuro. A montadora lançou uma bicicleta elétrica para crianças de 3 a 7 anos. Ela tem baterias de íons de lítio, que ficam presas ao quadro e são recarregadas em até 60 minutos. Nos Estados Unidos, a brincadeira sai por US$ 700. Não há previsão de chegada ao Brasil.

• A cimenteira LafargeHolcim, líder mundial da indústria de materiais de construção, confia na recuperação da economia brasileira. A empresa vai investir R$ 14 milhões em sua fábrica em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo. Os recursos serão destinados à aquisição de equipamentos e na ampliação das instalações.

• Bons ventos começaram a soprar a favor da Mercedes-Benz no Brasil. Ontem, a montadora anunciou a abertura do segundo turno de produção de ônibus em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A empresa também comemorou a assinatura de contrato para entregar 500 caminhões para a cervejaria Ambev.

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