![Prefeitura de Belo Horizonte rebateu alegações de sindicato que reúne médicos; na foto, a UPA Norte(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press) Fachada da UPA Norte, que tem recebido muitos pacientes por causa da gripe da COVID-19](https://i.em.com.br/EIdOz1S51eikUGhtoYLYrD8CUrw=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2022/01/18/1338547/fachada-da-upa-norte-que-tem-recebido-muitos-pacientes-por-causa-da-gripe-da-covid-19_1_107253.jpg)
No documento, enviado pelo sindicato na sexta (14/1) às secretarias de Saúde e Orçamento, Planejamento e Gestão, o SinMed pede a convocação dos profissionais aprovados no último concurso público. Melhores condições de trabalho também são reivindicadas.
"O atendimento nas UPAs cresceu exponencialmente, sobrecarregando e precarizando o trabalho médico. Muitos profissionais foram alvo de violência verbal, física e psicológica", diz o texto publicado pela entidade em seu site oficial.
Ao responder o ofício do grupo de médicos, a Secretaria de Saúde da capital, chefiada por Jackson Machado Pinto, afirmou que o edital do concurso impede a homologação antecipada dos aprovados.
"A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte lamenta o desconhecimento técnico do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais sobre as normas que regem os concursos públicos, tais como explicitadas no edital do concurso da Saúde de Belo Horizonte e que impedem a antecipação da homologação do referido concurso. Lamenta ainda que, em vez de fornecer auxílio durante o momento epidemiológico crítico da pandemia, o SinMed tenha optado por fazer uso político da situação", pontuou a pasta.
Internações pressionam hospitais
Em dezembro, a fim de conter a subida dos casos de gripe e coronavírus, a Prefeitura de BH ampliou os horários de alguns postos de saúde para desafogar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O alerta, porém, tem ficado mais forte a cada atualização dos dados da COVID-19 na cidade.
No Hospital Eduardo de Menezes, ligado à rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), a lotação no no setor de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é de 100%. Na Santa Casa, as unidades de terapia intensiva (UTIs) estão 97% ocupadas.
O mais recente boletim da Saúde municipal, divulgado nesta terça, aponta 82,2% de ocupação de UTIs, o que representa o nível máximo de alerta. Nas enfermarias, a lotação está em 82,7%.