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Estado de Minas

Minas deve ter safra recorde de grãos em 2017

A expectativa é que a produção seja 17,1% maior do que foi em 2016, chegando a 13,8 milhões de toneladas


postado em 01/03/2017 06:00 / atualizado em 01/03/2017 08:06

Para municípios mineiros que vivem da agricultura, safra é um alento para crise(foto: Arquivo Abr)
Para municípios mineiros que vivem da agricultura, safra é um alento para crise (foto: Arquivo Abr)

Em meio à crise econômica, pelo menos um setor parece ter o que comemorar em 2017: a agricultura. A estimativa é de recorde na safra de grãos em Minas Gerais deste ano – em uma área plantada de 3,3 milhões de hectares, deverão ser colhidos 13,8 milhões de toneladas, 17,1% a mais em relação a 2016. O milho e a soja representam 90% da produção, que engloba ainda feijão, algodão, sorgo, trigo, arroz, amendoim, girassol e mamona. O que explica o sucesso? O investimento dos produtores em tecnologia e qualidade das sementes, além de condições climáticas favoráveis.

Para se ter uma ideia da importância do setor, ao longo de 2016 o agronegócio movimentou R$ 203,9 bilhões em Minas Gerais.

“É um valor expressivo. Um terço da economia de Minas é proveniente do agronegócio. Se você tem uma redução da produção, impacta em toda a economia”, afirma João Ricardo Albanês, superintendente de política e economia agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais. Ele lembra ainda que o crescimento do setor impacta diretamente na pecuária, já que o milho e o farelo de soja são os principais componentes da ração de bovinos, suínos e aves – essenciais para a produção de proteína animal.


“Se você tem uma disponibilidade maior, reduz o custo da produção e cai o preço final para a população, que é beneficiada”, explica Albanês. Em um efeito cascata, o crescimento da agricultura movimenta outros setores, como o de transporte e combustível (com o deslocamento do que foi produzido), serviços e comércio (que vai desde a compra da semente e insumos até a sacaria). Fator importante para a geração de emprego e renda, fundamentais para movimentar a economia.

E boa parte dos municípios mineiros – 65,7% deles – tem uma ligação direta com o setor agropecuário. Exatas 143 cidades têm no ramo a sua principal atividade. Em outras 417 cidades, a agricultura é a segunda fonte geradora de receita. As principais regiões produtoras no estado são o Noroeste, Triângulo e Alto Paranaíba, responsáveis por 67,2 % da produção.


Para o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Antônio Andrada (PSB), as perspectivas do setor para este ano são um alento diante de um cenário de contas no vermelho. “Este é um setor importante, que vai ter um papel fundamental na recuperação econômica do país. Minas é um estado de características rurais, que tem uma identidade com a produção agrícola, com aquilo que vem do campo”, diz Andrada. Mas nem tudo é motivo para comemorar.

O ex-prefeito de Barbacena ressalta que vários desses municípios ficam sobrecarregados ao subsidiar parte do trabalho feito por órgãos estaduais ligados ao setor. Isso acontece nos convênios em que as prefeituras cedem espaço para instalação do órgão ou mão de obra, por exemplo. “Acaba que os municípios é que dão suporte para que o estado faça o seu trabalho”, lamenta.

Tecnologia  O milho e a soja se mantêm na dianteira do agronegócio em Minas. O primeiro lidera com a previsão de 7,8 milhões de toneladas – 32,2% a mais em relação ao ano passado. Já o plantio de soja deverá gerar 4,6 milhões de toneladas do grão, uma redução de 2,1% no comparativo com 2016, mas ainda assim um volume bem expressivo. A safra deste ano é influenciada pelos bons níveis de preços que antecederam o período de plantio, o que justifica o crescimento tão grande da produção de milho.


Segundo a Secretaria de Agricultura, no caso da cultura do milho, os produtores ainda dispõem de capital para financiamento do plantio e um bom nível tecnológico no sistema de cultivo. Com uma condição climática favorável, haverá elevada produtividade. Em relação à soja, a estratégia adotada nesta safra foi o aumento do plantio do grão, até para compensar os números negativos da temporada passada.


Os motivos para comemorar não se resumem a Minas Gerais. Se em 2016 a agricultura sofreu com a retração na produção, provocada pelo clima, para este ano a expectativa nacional também é positiva: a previsão é de uma safra de 215 milhões de toneladas, 15% maior que no ano passado.

 

 

Azevêdo reeleito na OMC

O embaixador brasileiro Roberto Azevêdo foi reconduzido ontem pelo Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) para um segundo mandato de quatro anos como diretor-geral da instituição. O novo mandato tem início em 1º de setembro deste ano. Roberto Azevêdo era candidato único. Para o Ministério das Relações Exteriores brasileiro (MRE), esse fato expressa o amplo reconhecimento dos membros da OMC à contribuição do diretor-geral para os resultados alcançados pela organização durante seu primeiro mandato (2013-2017). O Itamaraty destaca que o Brasil apoiou “decididamente” a recondução ao cargo do diretor-geral da OMC “movido pelo reconhecimento de suas contribuições durante o primeiro mandato”.
 


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