(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Supermercados também miram no consumo da classe C


postado em 23/04/2012 06:53 / atualizado em 23/04/2012 07:25

Com as farmácias mirando na classe C, os supermercados não querem perder esse bonde – e planejam, é claro, ficar na janelinha. A participação da nova classe média nas vendas dos supermercados cresceu na mesma toada que o incremento na renda dos 40,3 milhões de brasileiros que chegaram à classe C nos últimos anos. A conclusão é da Associação Mineira dos Supermercados (Amis). “Se de 2003 para cá a classe média passou de 37,5% para 64,85% da população, o mesmo aconteceu com o que esse pessoal representa em termos de faturamento nos supermercados”, estima o superintendente da associação, Adilson Rodrigues.

O rebate imediato nos números ajuda a desenhar a estratégia de redes supermercadistas que se voltam para bairros onde esse poder de compra já balança em outro ritmo as caixas registradoras. De acordo com a Amis, dos 45 empreendimentos previstos para estrear no mercado ainda este ano, mais da metade envolve esforços voltados para que a classe C não economize ao encher os carrinhos de compras. O total de investimentos, entre abertura de novas unidades e reformas, é previsto em R$ 250 milhões.


Só o Supermercados BH, marca que chegou a 112 lojas no estado com foco na classe C, prevê a inauguração de seis unidades este ano – cinco com esse perfil, em Itabirito, Abaeté, Mário Campos, Montes Claros e Bocaiúva, e uma sexta no Bairro Buritis, em Belo Horizonte. Marcas menores também conseguem expandir os negócios, muitas vezes implementando níveis de sofisticação que até mesmo contrastam com o padrão dos bairros onde se encontram. É o caso do Opa, supermercado tradicional no Bairro Guarani, que abriu, há um mês, loja no Bairro Tupi, Região Norte da capital. As prateleiras bem acabadas e ambiente clean lembram supermercados de alto padrão. “Faço compras em vários supermercados diferentes, dependendo da minha localização, a gente olha muito o preço, mas é importante que o lugar seja bem aparentado”, opina a técnica de enfermagem Fabiana Ferreira.

A mudança de padrão impulsionada pela presença das grandes redes nas regiões de classe média chega às prateleiras dos chamados supermercados de bairro. “Eu tive que refazer todo o leiaute da loja, mudei toda a decoração, porque o público fica cada vez mais exigente. E olha que eu estou bem aqui no meio de uma comunidade”, conta Marcos Garcia, gerente do Supermercado Vale a Pena, que tem três lojas no Conjunto Felicidade, no Floramar. “E temos de cobrir qualquer oferta, sempre, justamente para fidelizar o cliente”, acrescenta.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)