TECNOLOGIA E TRABALHO

IA cresce no ambiente de trabalho, mas dados dispersos travam equipes

Pesquisa revela que a IA melhora rotinas, mas a desorganização de dados, o retrabalho e a fragmentação de ferramentas ainda comprometem a eficiência das equipes

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A integração de novas tecnologias nos ambientes de trabalho pode não trazer benefícios para a produtividade. Isso porque, segundo estudo da Read AI (ferramenta de Inteligência Artificial que automatiza tarefas em reuniões e comunicações) divulgado nesta quinta-feira (11/12), a verdadeira barreira para a produtividade não é a ausência de ferramentas, mas o acúmulo desorganizado de informações e a fragmentação de sistemas – um fenômeno que especialistas agora chamam de workslop. 

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O termo descreve conteúdos com aparência organizada, mas que, na prática, possuem baixa qualidade, são redundantes e exigem retrabalho. De acordo com o levantamento, que ouviu 501 trabalhadores de todo o país, 70% dos entrevistados afirmam perder tempo revisitando notas ou procurando informações antigas, enquanto 83% operam diariamente em múltiplas plataformas. O resultado é um ambiente no qual a busca por contexto consome mais tempo do que a execução de tarefas estratégicas.

Para David Shim, CEO e cofundador da Read AI, o workslop nasceu da explosão de ferramentas e dados sem estrutura. “Workslop é a soma de todo trabalho com aparência polida, mas de baixa qualidade, além de conteúdo redundante ou desnecessário que surge quando uma empresa usa várias plataformas de IA e vê a produção disparar sem ganhos reais de clareza e eficiência. A sobrecarga de informação cresceu mais rápido do que a capacidade das equipes de estruturá-la”, explica. 

Sistemas demais, clareza de menos

Embora 74% dos entrevistados já utilizem IA nas rotinas de trabalho, a digitalização não trouxe, necessariamente, processos melhores. Prova disso é que 52% dos profissionais afirmam não saber quem tomou uma decisão importante quando as informações estão espalhadas entre diversas ferramentas.

Shim avalia que o dado expõe uma falha crítica na maturidade digital das empresas brasileiras. “Quando 70% dos trabalhadores gastam tempo tentando encontrar algo que já existe, isso evidencia oportunidades em governança da informação. As organizações ainda estão aprendendo que maturidade digital depende de quão profundamente os insights podem ser acessados e transformados em ação”, pontua. 

Essa fragmentação também causa atrasos, confusão e perda de continuidade. O estudo mostra que 64% afirmam que agendamentos, follow-ups e tarefas de coordenação levam mais tempo do que deveriam, enquanto 63% relatam que férias, ausências e mudanças de equipe atrapalham o andamento de projetos por falta de centralização.

“Durante férias ou períodos de transição, a continuidade de projetos é prejudicada pela descentralização da informação. Isso leva a atrasos, retrabalho e até interrupções nas férias de quem tenta se desconectar”, alerta.

A busca por uma “memória inteligente”

O levantamento também apontou que os trabalhadores esperam, cada vez mais, soluções que reúnam e deem sentido às informações corporativas. Para 82% dos trabalhadores, a ferramenta ideal seria uma “memória inteligente”, capaz de aprender com o comportamento da equipe, reter conhecimento institucional e transformar conversas em ações práticas.

“A ‘memória inteligente’ interpreta o que acontece no trabalho — entende o contexto das conversas, identifica decisões, registra responsabilidades, conecta tópicos e acompanha projetos. Isso reduz a dependência da memória individual e da documentação manual”, explica Seim.

A falta dessa estrutura gera um abismo entre informação e produtividade. Para o executivo, esse foi o dado mais surpreendente do estudo. “Quase 70% dos profissionais dizem que rotineiramente precisam revisitar anotações antigas para entender discussões passadas. Mesmo com acesso à IA, as pessoas ainda trabalham como se cada insight precisasse ser redescoberto do zero”, ressalta. 

A pesquisa ainda revela que, embora otimistas, os profissionais querem clareza sobre como a IA funciona. 52% afirmam que se sentiriam confortáveis trabalhando com uma IA que aprende com seus hábitos — desde que haja transparência. “Sistemas de IA confiáveis oferecem rastreabilidade, proteção de dados, explicações claras e opções de desativação. Quando as pessoas entendem como a IA funciona e se sentem no controle, a adoção aumenta naturalmente”, aponta. 

Como resolver o caos informacional?

O levantamento também perguntou quais recursos poderiam melhorar a produtividade. Entre os destaques:

  • 37% desejam ferramentas que revisem reuniões e sugiram próximos passos;
  • 35% querem que a IA construa automaticamente uma base de conhecimento unificada;
  • Cerca de um terço pede resumos semanais e alertas de tópicos relevantes.

Para atender a essas demandas, a Read AI lançou o Operator e o Agentic Workflow Suite, soluções que capturam reuniões, mensagens e atualizações em diversos ambientes e transformam tudo isso em tarefas, recomendações e conhecimento institucional.

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“O Operator conecta Gmail, Outlook, Slack, Teams, Notion, JIRA, Asana e outras ferramentas. Já o Agentic Workflow Suite transforma conversas em ações e cria uma memória integrada sem esforço manual”, detalha Shim.

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