CONDENADO POR TRAMA GOLPISTA

Papuda: os famosos que já passaram pelo presídio preparado para receber Bolsonaro

Complexo penal do DF já abrigou condenados por corrupção, nomes do mensalão e até líderes de facção antes de voltar ao debate

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A Papuda nunca foi apenas “mais um” presídio no Distrito Federal. Ao longo dos anos, o complexo penitenciário virou ponto de encontro improvável entre figuras do crime organizado e nomes graúdos da política brasileira. Agora, retorna ao debate com a possibilidade de receber Jair Bolsonaro, condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no processo da trama golpista.

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Entre esses nomes está Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Considerado o principal líder do PCC, ele já passou por várias unidades prisionais do país e, em uma das etapas de transferência, foi levado à Papuda sob forte controle de segurança. O complexo também abrigou o italiano Cesare Battisti, que havia entrado no Brasil com documentação falsa enquanto respondia a uma condenação à prisão perpétua na Itália. Ele ficou no DF enquanto seu processo no Supremo avançava.

O presídio também recebeu figuras marcadas por escândalos públicos. Luiz Estevão, condenado por participação nas fraudes das obras do TRT paulista, foi enviado à Papuda e, lá, teve mais uma condenação por trocar favores por regalias na prisão. Lá também cumpriram parte das penas os petistas José Dirceu e José Genoino, ambos condenados no mensalão. Dirceu passou meses em regime fechado antes de ir para prisão domiciliar; Genoino permaneceu pouco tempo no presídio devido ao seu estado de saúde.

Outro personagem ligado ao mensalão que passou pelo complexo penitenciário foi o publicitário Marcos Valério. Durante sua estadia no DF, ele deu início a um período mais ativo de colaboração com investigações, detalhando engrenagens financeiras que ampliaram o alcance das descobertas sobre o esquema.

A Papuda também recebeu Natan Donadon, primeiro deputado federal em exercício a ser preso após condenação no Supremo, foi levado ao presídio por crimes relacionados ao desvio de recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia. Anos depois, quem chegou ao complexo foi Paulo Maluf, condenado por lavagem de dinheiro. Sua idade avançada levantou debates sobre a execução da pena, mas a Justiça manteve a ordem inicial.

Inaugurado em 1979, o Complexo Penitenciário da Papuda é hoje a maior estrutura prisional do Distrito Federal, reunindo unidades de diferentes regimes e concentrando mais de 14 mil detentos — quase o dobro da capacidade original. O nome curioso remete a uma mulher negra escravizada que viveu na região no século XIX e era conhecida por um inchaço no pescoço, apelidado de “papo”. 

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