(FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia deixar o governo Lula antes de abril, data final para a desincompatibilização do cargo. Para o lugar, Haddad vem preparando o seu número dois, o secretário-executivo, Dario Durigan, como adiantado por O Globo.
Três auxiliares de Lula dizem, sob reserva, que Haddad avalia deixar o governo em fevereiro. O principal objetivo dele é esperar pela "materialização" do que considera um de seus principais feitos, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês.
Como a medida começa a valer em janeiro, o efeito prático deverá aparecer nos salários a partir de fevereiro. Procurado, o ministro não se manifestou. Haddad confirmou à coluna Painel que deixaria o governo, mas não precisou a data. "Deve ser um pouco antes de março", afirmou.
Dario Durigan é um dos principais articuladores políticos do Ministério da Fazenda e construiu contato direto com parlamentares e com o Palácio do Planalto na discussão da agenda econômica no Congresso, principalmente nos temas fiscais.
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Ele assumiu o posto em junho de 2023 em substituição a Gabriel Galípolo, hoje presidente do Banco Central e na época indicado para a diretoria de política monetária da instituição.
Ao falar de seus projetos para 2026, o ministro tem descartado a possibilidade de concorrer ao governo de São Paulo ou ao Senado, apesar dos apelos de dirigentes do PT, a começar pelo presidente do partido, Edinho Silva.
Os petistas têm insistido na necessidade de consolidação de um palanque robusto para Lula em São Paulo, ainda que o candidato enfrente uma disputa acirrada pelo Palácio dos Bandeirantes.
A aliados, o ministro da Fazenda manifesta, no entanto, a disposição de atuar na coordenação da campanha de Lula, como na elaboração do programa de governo.
Haddad tem dito internamente ter a sensação de dever cumprido à frente do Ministério da Fazenda. Essa avaliação teria sido o teor de uma de suas conversas com o presidente, a quem o ministro lista as tarefas assumidas ao longo desses quase três anos de governo.
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Além da manifesta intenção de participar da coordenação da campanha de Lula, petistas afirmam que Haddad poderia se credenciar para assumir a Casa Civil, posto hoje ocupado por Rui Costa.
