O senador Cleitinho (Republicanos) publicou, nesta sexta-feira (12/12), um vídeo nas redes sociais no qual Jair Bolsonaro aparece soluçando enquanto dorme. As crises são associadas às cirurgias realizadas desde o atentado contra o então candidato, em 2018.
Preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, desde novembro, no âmbito do julgamento sobre a trama golpista, Bolsonaro tem sua situação de saúde usada pela defesa para solicitar a transferência para prisão domiciliar. “Você não precisa gostar do Bolsonaro, só precisa saber que o que estão fazendo com ele é crime”, afirmou Cleitinho em publicação no X.
O parlamentar reproduziu uma gravação divulgada pelo “filho 02” de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), feita antes da prisão, em que o ex-presidente aparece dormindo e com crises de soluço. “Isso não é questão de esquerda e direita. É questão de saúde. É questão de humanidade”, afirma Cleitinho.
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Na terça-feira (9/12), os advogados do ex-presidente solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que Bolsonaro deixe a PF e passe por novos procedimentos de saúde.
A defesa reiterou que o ex-presidente enfrenta episódios de confusão mental e associou esse quadro à tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, fato que levou à decretação de sua prisão preventiva, dias antes do fim do julgamento da trama golpista. No mesmo documento, os advogados renovaram o pedido de prisão domiciliar humanitária.
Condenação por golpe
Em 25 de novembro, Moraes determinou a execução da pena de Bolsonaro em regime fechado pela condenação a 27 anos e três meses de prisão por seis crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. Ele já cumpria prisão preventiva por suspeita de coação no curso do processo.
O ministro manteve a custódia na PF ao apontar risco de fuga, baseado também na tentativa de violação da tornozeleira. Desde então, o ex-presidente conta com atendimento médico em tempo integral, em regime de plantão.
Bolsonaro ocupa uma sala especial na Superintendência Regional da PF, com cerca de 12 m², equipada com cama, armários, mesa, televisão, frigobar, ar condicionado, janela e banheiro privativo. O espaço é separado da área destinada aos presos preventivos e segue o padrão adotado pela corporação durante a detenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018.
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O local passou por reformas e foi vistoriado por representantes do STF, da Vara de Execução Penal do Distrito Federal e de outros órgãos, para verificar se atendia às exigências para cumprimento de pena em regime fechado.
