Cela de Bolsonaro: o que é fato e o que é exagero na descrição
Carlos Bolsonaro fala em 'cela fria e pequena'; entenda a prisão preventiva e as condições reais onde o ex-presidente está detido
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A descrição de uma "cela fria e pequena" feita pelo vereador Carlos Bolsonaro sobre o local onde seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, está detido na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília (DF), provocou forte repercussão. A afirmação, feita nesta quarta-feira (10/12), sugere condições precárias, o que contrasta com as previsões legais e a estrutura real destinada a autoridades no Brasil.
Bolsonaro foi preso preventivamente em 22 de novembro de 2025, após tentar violar sua tornozeleira eletrônica. Ele havia sido condenado em setembro do mesmo ano a 27 anos e três meses de prisão por seu envolvimento na trama golpista.
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“O Brasil assiste com o coração apertado. Jair Bolsonaro tem tratamento que nem traficante recebe em presídio e suas condições de saúde se deterioram a cada dia”, escreveu o filho “02”, em post no X (antigo Twitter). O vereador afirmou ainda há dias o ex-presidente enfrenta uma batalha silenciosa dentro de uma cela “fria, pequena, distante de tudo e de todos.”
A realidade da prisão especial
Jair Bolsonaro está em uma sala especial na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) em Brasília. O espaço, com aproximadamente 12 m², tem paredes brancas, uma cama de solteiro, armários, mesa de apoio, televisão, frigobar, ar condicionado e uma janela, além de banheiro privativo.
A sala fica isolada da custódia destinada a presos sob ordens preventivas ou provisórias e repete, em linhas gerais, o modelo adotado pela corporação quando Lula ficou detido por 580 dias, na sede da PF em Curitiba.
A estrutura passou por reformas e foi vistoriada por representantes do STF, da Vara de Execução Penal do Distrito Federal e de outros órgãos. A avaliação técnica buscou confirmar se o ambiente atendia às condições necessárias para o cumprimento da pena em regime fechado.
*Com informações de Sílvia Pires e Agência Brasil
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.