O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) voltou a atacar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e a defender a aprovação de uma anistia ampla aos condenados e investigados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Em publicação no X (antigo Twitter) na manhã desta terça-feira (25/11), o filho do ex-presidente afirmou que “o povo sangra com as covardias do regime e exige anistia” e disse acreditar que a pauta deve avançar no Congresso ainda nesta semana.
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Segundo ele, reuniões entre parlamentares do Partido Liberal e de outras legendas estão “direcionando de forma mais coesa” os votos necessários para aprovar a medida. A fala ocorre um dia após a Primeira Turma do STF confirmar, por unanimidade, a transformação da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro em prisão preventiva.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, reiterou que o ex-presidente descumpriu, por diversas vezes, medidas cautelares impostas no processo que investiga a tentativa de coação ao inquérito da trama golpista. Eduardo Bolsonaro é réu nesse processo.
Ao defender a manutenção da prisão preventiva, Moraes afirmou que "não há dúvidas" sobre a necessidade da medida, citando risco à ordem pública e alegações de tentativa de fuga na madrugada de sábado (22), quando Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica.
O relator também lembrou episódios anteriores: em julho e agosto, Bolsonaro teria violado a determinação de não utilizar redes sociais, chegando a aparecer, mesmo que indiretamente, em vídeos de apoiadores.
Segundo Moraes, já constava na decisão que impôs a prisão domiciliar, em agosto, que qualquer novo descumprimento resultaria na conversão para prisão preventiva.
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Prisão de Bolsonaro
- O ex-presidente está detido desde sábado (22) na Superintendência Regional da Polícia Federal, no Distrito Federal.
- A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes após notificação do Centro de Integração de Monitoração Eletrônica, que registrou violação da tornozeleira às 0h08 de sábado.
- Moraes fundamentou a decisão alegando que o episódio configurou uma tentativa de fuga, supostamente "facilitada pela confusão" gerada por uma vigília de apoiadores convocada pelo senador Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio.
- Em audiência de custódia realizada por videoconferência no domingo (23), Bolsonaro admitiu ter usado um ferro de solda para tentar abrir o "case" do equipamento, acreditando haver uma escuta instalada no dispositivo.
- A defesa negou intenção de fuga e alegou que o ex-presidente sofreu um surto paranoico provocado pela interação medicamentosa de pregabalina e sertralina. Segundo o relato, Bolsonaro teria "caído na razão" minutos após iniciar a violação.
