O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), desmentiu, na manhã desta quarta-feira (29/10), uma publicação falsa que circula nas redes sociais e que o atribui críticas à Polícia Militar do Rio de Janeiro em meio à repercussão da operação mais letal da história do estado.
Em postagem no Instagram, Dino classificou o conteúdo como “mentira absurda” e disse jamais ter feito qualquer declaração do tipo. O texto falso traz erros gramaticais e afirmações que o ministro apontou como completamente inventadas.
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"Jamais fiz tal postagem. Além de tudo, com erros gramaticais e mal escrita. Também é uma MENTIRA absurda a de que julguei e absolvi a mim mesmo em um processo no STF. Fake news ridícula e abjeta", escreveu o ministro.
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Dino criticou a divulgação de informações falsas em um momento que classificou como "sério da vida nacional". Segundo ele, há pessoas que insistem em usar as redes para cometer crimes sob o pretexto de liberdade de expressão.
"Deplorável que desprezem as dificuldades dos moradores, dos profissionais da Segurança e de todos que sofrem no Rio de Janeiro. Estes têm a minha solidariedade e respeito", disse.
O conteúdo falso que circula nas redes afirma que Dino teria criticado a ação policial e defendido a "desmilitarização das polícias". O texto diz: "O que a polícia do Rio de Janeiro fez hoje é um dos maiores crimes contra a humanidade já vistos na face da Terra. Tomaremos medidas drásticas contra os criminosos! Chegou a hora de discutir sobre a desmilitarização das polícias do país. A população pobre e preta desse país não pode ser refém desse tipo de força".
A publicação surge em meio à comoção provocada pela Operação Contenção, deflagrada na terça-feira (28/10) nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro (RJ). A ação, com cerca de 2,5 mil agentes das forças de segurança, deixou oficialmente 64 mortos, sendo 60 suspeitos e quatro policiais, segundo o governo fluminense.
Na madrugada desta terça-feira, moradores do Complexo da Penha levaram mais de 50 corpos à praça São Lucas, no centro da comunidade. Segundo relatos, os corpos foram encontrados em uma área de mata entre os dois complexos, onde ocorreu a operação.
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Segundo o g1, o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou que os mortos exibidos na praça não estão incluídos na contagem oficial. Caso se confirmem, o número total de vítimas pode ultrapassar 120 pessoas. A Polícia Militar informou que uma perícia será feita para esclarecer a origem dos corpos.
