O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PDT), debochou da intenção do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de buscar viabilizar uma possível candidatura à Presidência da República na disputa eleitoral de 2026.
"Se o Padre Kelmon pôde ser candidato a presidente, o Zema também pode. Ele terá a mesma competitividade do Padre Kelmon", afirmou em entrevista ao portal Uol.
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Na última eleição presidencial, o candidato Padre Kelmon, filiado à época ao PTB — partido que era comandado por Roberto Jefferson — recebeu 0,07% dos votos. Atualmente, ele faz parte do Partido Liberal.
O político repetiu as críticas feitas por ele durante sua filiação ao PDT, em relação à gestão Zema, ao longo da entrevista e afirmou que "o estado está esfacelado" e que a herança do atual governador é o aumento da dívida com a União e o soterramento de quase 300 pessoas em Brumadinho.
Kalil e Lula
Apesar da derrota na disputa pelo governo de Minas Gerais em 2022, quando foi apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alexandre Kalil assumiu a responsabilidade pelo resultado, mas disse que foi derrotado por uma mentira e que o tempo se encarregaria de apontar a verdade.
O ex-prefeito se apresentou, na filiação ao PDT, como pré-candidato ao governo de Minas Gerais, mas ressaltou que a decisão sobre se irá concorrer ao governo ou ao Senado ainda não foi tomada. Contudo, assegurou que o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, garantiu que a decisão cabe a ele.
Já sobre uma reedição da aliança com o petista, Kalil não descartou uma aproximação e afirmou que mantém boa relação com o presidente.
No momento, Lula vem afirmando, em diversas entrevistas e eventos, que tem o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como nome preferido na disputa pelo governo mineiro em 2026. Até agora, Pacheco ainda não se apresentou como pré-candidato.
O nome de Pacheco também é cotado para outra disputa: uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), na qual é o nome preferido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Nos bastidores, o nome mais cotado para a indicação é o do advogado-geral da União, Jorge Messias.
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Para garantir um palanque forte em Minas Gerais, Lula vem reforçando sua relação com Pacheco, mas, caso haja algum impeditivo, Kalil aparece como alternativa. O ex-prefeito destacou a boa relação com o senador, com quem já teve reuniões.
