Duda Salabert pede sugestão de pena para Eduardo Bolsonaro
Deputada federal foi sorteada para compor lista tríplice do Conselho de Ética que irá analisar o pedido de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro
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A deputada Duda Salabert (PDT-MG) pediu sugestões de seus seguidores sobre a pena que deveria ser aplicada ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), alvo de processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Sorteada para a lista tríplice que definirá o relator do caso, a parlamentar relembrou, em suas redes sociais nessa terça-feira (23/9), ataques que sofreu do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018, durante sua candidatura ao Senado.
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“Meu nome foi sorteado para ser uma das deputadas que possivelmente vai decidir se Eduardo Bolsonaro deve ou não ser cassado. Logo eu, que tenho uma relação tão íntima com ele: seis anos atrás, quando lancei minha candidatura ao Senado, Eduardo compartilhou em suas redes um discurso de ódio contra mim, que serviu como apito de cachorro para que bolsonaristas enviassem diversas mensagens de ódio, realizassem manifestações na porta da escola em que eu trabalhava e mandaram e-mails exigindo minha demissão. Hoje, sou um dos três que possivelmente vai julgar se ele será inocentado ou cassado pela Câmara dos Deputados”, disse.
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O processo contra Eduardo Bolsonaro foi aberto a pedido do PT, que requer a cassação do mandato. A Representação 22/25 acusa o deputado de quebra de decoro parlamentar, incluindo ataques verbais a instituições democráticas como o Supremo Tribunal Federal (STF) e tentativa de influenciar autoridades estrangeiras a aplicar sanções contra o Brasil.
O presidente do Conselho de Ética, Fabio Schiochet (União-SC), informou que o relator será escolhido a partir de uma lista tríplice sorteada na mesma reunião, formada por Duda Salabert, Paulo Lemos (Psol-AP) e Delegado Marcelo Freitas (União-MG). O prazo para a votação da representação é de 90 dias.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde março, onde articula com aliados de Donald Trump a aplicação de sanções contra autoridades brasileiras. O deputado chegou a pedir licença do mandato, que expirou, e suas ausências acumuladas podem gerar penalidades.
Além do processo na Câmara, Eduardo também é alvo da Procuradoria-Geral da República (PGR) por coação ao STF, juntamente com o influenciador Paulo Figueiredo. Em nota, ambos classificaram a denúncia como “fajuta” e atribuíram a iniciativa a “lacaios de Alexandre de Moraes na PGR”, alegando estar sob jurisdição americana e amparados pela Primeira Emenda dos Estados Unidos.
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Segundo Eduardo e Paulo, o ministro do STF promove “repressão transnacional contra cidadãos dos EUA”, postura que, segundo eles, aprofunda a crise entre Brasil e Estados Unidos.