Vereador de Uberaba e outras sete pessoas são investigados por seis crimes
Eles são investigados por desvio de verba pública de R$ 388 mil. PC cumpriu mandados de busca e apreensão nesta segunda-feira 97/7)
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O vereador de Uberaba, Almir Silva (Republicanos), de 53 anos e outras sete pessoas são investigados pela Polícia Civil pelos crimes de tráfico de influência, associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Durante a manhã desta segunda-feira (7/7) uma equipe com 26 policiais civis de Uberaba cumpriu mandados de busca e apreensão em oito endereços residenciais, supostamente nas casas dos investigados. Ninguém foi preso.
Entre as sete pessoas investigadas estão um empresário de 48 anos; uma enfermeira de 39; um aposentado de 71; uma servidora pública de 47 e outro de 62; um arquiteto de 53 e um estudante, de 21 anos.
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Eles são investigados por desvio de verba pública de R$ 388 mil dos cofres públicos. "Um empresário contribuiu financeiramente para a candidatura de determinando vereador municipal. Posteriormente, constatou-se a existência de assessores parlamentares (fantasmas) que recebiam remuneração sem nunca terem efetivamente exercido as funções", informou a Polícia Civil.
A nota da Polícia Civil ainda destacou que foi apurado ainda que os assessores recebiam os valores a título de remuneração, inclusive vale-alimentação e repassavam para o empresário investigado - ele contribuiu financeiramente na campanha do para o parlamentar investigado. "O empresário utilizava de interpostas pessoas para receber os valores provenientes da Câmara Municipal de Uberaba", aponta a PC.
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Também apura-se a suposta prática de corrupção envolvendo servidor público do Executivo municipal. O funcionário atuaria para reduzir eventuais multas do setor de construção civil, em benefício do empresário investigado", diz outro trecho da nota.
A PC de Uberaba também declarou que estima-se que durante o período em que os assessores parlamentares fantasmas "exerceram" o cargo comissionado, teriam se apropriado e/ou desviado cerca de R$ 388 mil dos cofres públicos.
"A autoridade policial representou cautelarmente na data de 25/06/2025 pela expedição de mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e valores e indisponibilidade dos bens dos investigados na quantia de até R$ 388 mil, bem como afastamento dos cargos públicos dos investigados".
O MPMG e o Poder Judiciário emitiram parecer de forma rápida, concedendo a busca e apreensão e a indisponibilidade dos bens dos investigados, no entanto, não foram concedidos o afastamento dos cargos públicos dos servidores investigados", finaliza nota da PC de Uberaba.
Outro lado
O vereador Almir Silva afirmou que está tranquilo e que seus advogados estão se inteirando do caso. "Vou colaborar com o que for preciso. Sempre trabalhei com transparência",disse.
A Câmara Municipal de Uberaba (CMU) declarou, por meio de nota, que foi surpreendida com a notícia. "O Legislativo, neste momento, aguarda mais informações por parte das autoridades empenhadas nas apurações para se posicionar de forma mais precisa. Quanto à existência de assessores parlamentares no âmbito da operação, a Câmara Municipal esclarece que a nomeação e exoneração para exercer funções nos gabinetes dos vereadores é de inteira responsabilidade de cada parlamentar. O Legislativo se coloca à disposição para cooperar nas apurações, caso necessário", diz a nota enviada à imprensa pela CMU.
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Diante da suspeita de que um dos servidores públicos investigados trabalha na Prefeitura de Uberaba, a mesma informou que ainda não foi oficialmente comunicada pela Polícia Civil sobre a investigação em curso. "A Prefeitura de Uberaba irá se manifestar após conhecimento formal do caso. Além disso, adianta que irá tomar todas as medidas necessárias assim que for oficiada", complementou.