A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, filia-se hoje ao PT, às 18h, no Circo Voador, no Centro do Rio de Janeiro -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, filia-se hoje ao PT, às 18h, no Circo Voador, no Centro do Rio de Janeiro

crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, filia-se hoje ao PT, às 18h, no Circo Voador, no Centro do Rio de Janeiro. O evento contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Janja. A entrada de Anielle na sigla vem sendo costurada desde o fim do ano passado, e ganhou força após a volta de Marta Suplicy ao partido para se tornar vice na chapa de Guilherme Boulos (PSol), na disputa pela prefeitura de São Paulo.

"É o resultado de uma trajetória de luta, indignação e esperança da qual muito me orgulho. Mas não chego sozinha. A transformação do luto em luta é parte da história de tantas e tantos de nós. Sou cria da Maré, filha da dona Marinete e do seu Antônio, irmã de Marielle Franco, jornalista, educadora, atleta, intelectual, mãe e fundadora do Instituto Marielle Franco", escreveu Anielle no X (antigo Twitter).

 

No Rio, a ministra é a aposta de Lula e Janja — que assume o papel de madrinha das candidaturas femininas do PT nas eleições municipais em outubro — para compor a candidatura de Eduardo Paes (PSD) à reeleição. O partido do prefeito, no entanto, não apoia a composição, preferindo indicar um nome próprio. Nos bastidores, setores do PT avaliam que Anielle teria melhores chances para concorrer a um cargo no Congresso, em 2026.

 

 

Lula tenta fechar a indicação de vices petistas em cidades consideradas estratégicas, e mantém o diálogo com Paes e com João Campos (PSB), em Recife. Entre as capitais, o PT só é cabeça de chapa em Belo Horizonte, com o deputado federal Rogério Correia (PT-MG).

 

Paes sinaliza a aliados a preferência pelo deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) para vice. Mas o momento seria favorável para que Anielle integrasse a chapa. Sobretudo porque ela tornou-se um ativo importante depois que a Polícia Federal (PF) concluiu que um dos ex-secretários de Paes, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), teria envolvimento direto no assassinato da irmã da ministra.