Rogério Correia criticou a desoneração das prefeituras -  (crédito: Mario Agra/Câmara dos Deputados / Pedro França/Agência Senado)

Rogério Correia criticou a desoneração das prefeituras

crédito: Mario Agra/Câmara dos Deputados / Pedro França/Agência Senado

O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) Rogério Correia (PT-MG) criticou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) por manter a desoneração da folha de pagamento de municípios. 

 

Nessa segunda-feira (1/4), Pacheco decidiu "caducar" um o trecho da Medida Provisória (MP) 1.202 do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que revertia o benefício conferido às cidades pelo Legislativo. 


Em redes sociais, ainda na noite dessa segunda-feira, Rogério Correia insinuou que Rodrigo Pacheco toma decisões políticas a partir do que é mais favorável para ele.

 

"Fazer política pensando em ganhar sempre, é fácil! Não ter lado, pode parecer qualidade, mas pode soar como ingratidão. Continuo fazendo o L, ao lado do povo, da educação e da saúde públicas", disse o deputado ao compartilhar uma notícia sobre a desoneração das prefeituras.

 

 

Entenda a desoneração das prefeituras

 

 

Pacheco decidiu, ontem, prorrogar a vigência da Medida Provisória 1.202 em 60 dias. No entanto, determinou que a parte que trata da reoneração das prefeituras fosse derrubada.


A medida fazia com que a alíquota de contribuição previdenciária das prefeituras passasse de 8% para 20% a partir dessa segunda-feira.

 

Em nota, Pacheco disse que "a decisão significa que a discussão sobre o tema da desoneração da folha de pagamento e seu eventual novo modelo devem ser tratados integralmente por projeto de lei, não por MP".

 

O presidente do Senado também criticou o governo federal, afirmando que o Congresso Nacional já havia decidido sobre a desoneração dos municípios.

 

"Uma MP não pode revogar uma lei promulgada no dia anterior, como se fosse mais um turno do processo legislativo. Isso garante previsibilidade e segurança jurídica para todos os envolvidos", afirmou.


Pacheco, no entanto, afirmou que está aberto para que seja estabelecida uma discussão "célere" sobre o assunto.

 

No Congresso, há um sentimento de que é preciso manter a desoneração para as prefeituras especialmente por se tratar de ano de eleições municipais