Durante a fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o assessor fez o sinal que significaria White Power (Poder Branco) -  (crédito: Redes Sociais/Reprodução)

Durante a fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o assessor fez o sinal que significaria White Power (Poder Branco)

crédito: Redes Sociais/Reprodução

Filipe Garcia Martins, preso na manhã desta quarta-feira (8/2), na Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, é ex-assessor especial para assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi citado em depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, em acordo de delação premiada. Martins teria sido responsável por entregar uma minuta de decreto golpista para Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.

Martins ficou conhecido após ser acusado de ter feito um gesto que representa as iniciais White Power (Poder Branco), em uma sessão do Senado Federal, em março de 2021. Em junho do mesmo ano, o Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal denunciou o ex-assessor à Justiça.

Filipe é seguidor de Olavo de Carvalho e próximo de Donald Trump. Nasceu em Sorocaba e foi criado em Votorantim, São Paulo. É bacharel em Relações Internacionais e foi nomeado, janeiro de 2019, como assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, após ter atuado com o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, outro devoto de Olavo de Carvalho, no governo de transição.

Operação Tempus Veritatis

Ao todo, a PF cumpre, nesta quinta-feira, 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, de se ausentarem do país, e a obrigação de entregar os passaportes no prazo de 24 horas. Entre os alvos está o ex-presidente Jair Bolsonaro.