"Não há problema em errar. O que me diferencia daqueles que me detratam é que eu assumo o erro", disse a jornalista

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A jornalista da GloboNews Daniela Lima pediu desculpas, na manhã desta terça-feira (30/1), por errar uma informação sobre a operação da Polícia Federal (PF) contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), que foi deflagrada nessa segunda-feira (29/1).

Inicialmente, a repórter havia informado que um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) havia sido apreendido entre os pertences de Carlos Bolsonaro.

Hoje, a jornalista retratou-se, afirmando que o computador foi encontrado, na verdade na casa de um militar, ex-assessor do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e ex-diretor da Abin, alvo da mesma operação.

"Aqui a correção no Conexão. Aos telespectadores e aos envolvidos, meu pedido de desculpas. A responsabilidade de fazer a curadoria da notícia é minha - e ontem eu falhei. Mas o que diferencia o jornalista é o compromisso com o fato. Erro se corrige na mesma medida", disse a jornalista.

 

Em suas redes sociais, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, criticou a forma como a correção foi feita.

"O problema é que o entusiasmo em dar a notícia falsa claro que foi muito maior do que o entusiasmo em corrigir o erro e, por conta disso, muita gente espalhou a notícia falsa e talvez não saiba que nunca existiu computador da ABIN na Casa do Carlos e que nada foi encontrado lá", disse Costa Neto.

"Tenho percebido que o entusiasmo em expor e falar negativamente do Bolsonaro e seus filhos, nunca será maior do que o entusiasmo que se percebe nos olhares de milhões e milhões de brasileiros patriotas. Para mim, quanto mais perseguirem, maior será o entusiasmo do povo brasileiro", completou.

Operação contra Carlos Bolsonaro

O vereador Carlos Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nessa segunda-feira. A operação investiga o monitoramento ilegal de autoridades públicas e outros cidadãos no âmbito da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que como objetivo identificar destinatários e beneficiários das informações obtidas pelo uso indevido da agência.

De acordo com a PF, a operação "busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas".

Mandados de busca e apreensão foram autorizados para a residência e o gabinete de Carlos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.