SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O SBT voltou atrás e decidiu não exibir o especial de Natal de Zezé Di Camargo, no próximo dia 17 de dezembro.
O SBT pretendia manter a exibição do especial de Zezé mesmo após o cantor criticar a presença de políticos do governo no lançamento do SBT News. Entretanto, a emissora de Silvio Santos decidiu, na noite de hoje, cancelar a exibição da gravação com o artista.
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"A Assessoria de Comunicação informa que, após avaliações internas, a cúpula do SBT decidiu por não exibir o Especial "Natal é Amor", que estava programado para a próxima quarta-feira, às 23h00. A emissora divulgará em breve a atração que ocupará o horário", disse o SBT, em contato com a reportagem.
A emissora também decidiu não responder diretamente às críticas de Zezé. Segundo a assessoria do canal, a carta aberta escrita por Daniela Beyruti "já diz tudo".
Nesta madrugada, Zezé pediu que a emissora não exibisse o programa "Natal é Amor". "Para mim, não faz sentido colocar esse especial no ar. Beijo. Amo vocês, amo o SBT, tenho o maior carinho, mas acho que vocês estão... Desculpem, prostituindo. Não faço parte disso", disse.
As herdeiras de Silvio Santos têm sido alvo de críticas pela lista de convidados para o evento de lançamento do canal. Estavam presentes figuras de diferentes lados do espectro político, como o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
Daniela Beyruti, em nome da família Abravanel, respondeu às críticas ao SBT News em carta aberta enviada à imprensa. Ela afirmou que a proposta do evento era refletir a "pluralidade e o respeito a todas as instituições". "Tivemos representantes do Executivo, do Judiciário e do Legislativo. Ditas todas essas coisas, lamento a forma como temos sido mal interpretadas. Antes de as pessoas verem nosso trabalho, decidiram julgá-lo", escreveu a filha de Silvio Santos e presidente do SBT.
"Queremos entregar ao Brasil um jornalismo confiável, sem partido, sem lado. Um jornalismo que não terá viés, não terá algoritmo, não provocará divisão e raiva entre as partes, não será nutrido por inteligência artificial e dará ao público apenas a notícia e a verdade dos fatos", disse ainda Daniela Beyruti.
