x
SERIAL KILLER

Maníaco do Parque queria ser mulher e se via nas vítimas, dizem laudos

Biógrafo de assassino em série teve acesso a exames que indicam que o criminoso escolhia as vítimas de acordo com a figura que ele gostaria de ter sido

Publicidade
Carregando...

O assassino em série Francisco Assis, mais conhecido como o Maníaco do Parque, se identificava com figuras femininas e buscava vítimas que fossem compatíveis com essa autoimagem que projetava para si mesmo. Essa característica do criminoso foi descrita em laudos psicológicos feitos na prisão e obtidos pelo jornalista Ulisses Campbell, biógrafo do Maníaco do Parque. 

Os conflitos internos foram revelados no teste de Rorschach no qual Francisco foi submetido. As respostas do maníaco às imagens disformes da terapia sugeriram uma confusão relacionada à identidade de gênero e autoimagem do criminoso. De acordo com os laudos, o criminoso idealizava características específicas, como cabelos cacheados, baixa estatura e delicadeza – traços encontrados nas vítimas dele. 

O autor da biografia, que será lançada em setembro durante a Bienal do Livro em São Paulo, traz ao público a dissonância entre a identidade de gênero percebida versus a desejada pelo “Maníaco do Parque”, além de incursões pela psiquê do paciente de comportamento criminoso.  Em relato ao O Globo, o jornalista afirmou que os psicólogos forenses definiram, em uma conclusão preliminar, que Francisco não soube lidar com esse desejo oculto e acabou se transformando em um assassino, matando as mulheres que ele achava parecidas com a mulher que ele queria ser.

O Maníaco do Parque

Francisco de Assis foi autor de uma série de assassinatos e estupros de mulheres jovens no final da década de 1990. Seus crimes ocorreram principalmente no Parque do Ibirapuera, em São Paulo – por esse motivo ficou conhecido como Maníaco do Parque. 

Ele seduzia as vítimas se passando por fotógrafo de uma agência de modelos, oferecendo promessas de trabalho. Hoje, ele cumpre uma pena de 268 anos. 

O Teste de Rorschach

O teste de Rorschach, também conhecido como teste projetivo, consiste em um conjunto de cartas com imagens de manchas de tinta dobradas sobre si mesmas para se espelharem. O paciente, ao ser exposto às imagens, acaba dando significado às formas aparentemente sem sentido claro. 

Saiba mais: Com medo de errar a receita, jovem viraliza ao fazer bolo com água benta

Em tese, ao perguntar o que está sendo identificado nas manchas, Francisco Assis poderia estar falando de si mesmo e projetando aspectos da sua própria personalidade.

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa

Tópicos relacionados:

estupro policia psicologia sao-paulo

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay