Petróleo continua em alta e preços alcançam máximo em 2 meses

Os preços internacionais do petróleo voltaram a subir nesta sexta-feira (3) e conseguiram finalmente sair da faixa em que operam desde outubro, graças ao começo do novo ano e à esperança de uma evolução positiva na relação entre Estados Unidos e China.

Em Nova York, o barril do tipo West Texas Intermediate (WTI) com vencimento em fevereiro subiu 1,13%, para 73,96 dólares. Por sua vez, o de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em março, subiu 0,76%, fechando em 76,51 dólares.

Tanto o Brent quanto o WTI registraram sua quinta sessão positiva consecutiva e agora estão em seu nível mais alto nos últimos dois meses e meio.

Para Susannah Streeter, da consultoria Hargreaves Lansdown, os operadores ficaram satisfeitos com a redução dos estoques de petróleo nos Estados Unidos anunciada na quarta-feira pela Agência de Informação sobre Energia (EIA, na sigla em inglês) do país, embora a queda tenha sido menor que a esperada pelos analistas do mercado.

Essas reservas comerciais estão 3,6% menores que o nível desta mesma época no ano passado e não chegavam a um nível tão baixo como há dez anos.

"Estamos saindo desta faixa em que estivemos durante dois meses e agora estamos olhando para frente", comentou Stephen Schork, da firma Schork Group.

O analista menciona os últimos acontecimentos no Oriente Médio, como os novos ataques de Israel em território sírio para evitar que o arsenal em poder do governo da era do deposto Bashar al Assad caia nas mãos da coalizão de rebeldes que o derrubou e possui facções islamistas.

Para Schork, o mercado também está "entusiasmado pela perspectiva de um novo governo americano claramente favorável ao petróleo e gás".

O presidente eleito, o republicano Donald Trump, assumirá o cargo em 20 de janeiro e já havia anunciado que pretende fomentar a exploração de fontes de energia fósseis, o que poderia aumentar ainda mais a já abundante oferta da commodity, algo negativo para os preços.

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