Os comandantes militares de Níger, Mali e Burkina Faso anunciaram nesta quarta-feira (6) a criação de uma força conjunta para combater as rebeliões jihadistas em seus países.

A nova força "estará operacional o quanto antes para enfrentar os desafios de segurança no nosso espaço", declarou o comandante do Níger, Moussa Salaou Barmou, após conversas em Niamey. "Estamos convencidos de que, com o esforço combinado dos nossos três países, poderemos criar as condições para uma segurança compartilhada."

O tamanho da força conjunta não foi informado, mas Barmou indicou que os três exércitos concordaram em criar "um conceito operacional" que lhes permitirá atingir seus objetivos de segurança.

Esse é o anúncio conjunto mais recente feito pelos três vizinhos com governos militares, que se distanciaram da antiga potência colonial França e se aproximaram da Rússia.

Os três países enfrentam sanções da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) desde que seus governos democráticos foram depostos em uma sucessão de golpes militares desde 2020, provocados, em grande medida, pela incapacidade dos governos civis de eliminar os rebeldes jihadistas afiliados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico.

A rebelião jihadista explodiu em 2012 no norte do Mali e espalhou-se em 2015 para os vizinhos Níger e Burkina Faso. A onda de violência teria causado milhares de mortes e milhões de deslocados na região.

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