Balões brancos, foguetes e cânticos religiosos marcaram o início da carreta em homenagem ao menino Hariel, de apenas dois anos, que morreu na noite de domingo (7/12), na Rua Maringá, Bairro São Benefito, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, depois de ser atropelado e arrastado - o corpo ficou preso debaixo do veículo quando este parou -, por um Gol, desgovernado, que tinha uma adolescente de 15 anos ao volante.
O cortejo saiu da frente da casa de Hariel, onde ocorreu o acidente, às 10h30. Eram carros, motocicletas, além de uma van e um ônibus, que levaram amigos da família até o velório.
À frente do cortejo, carros da Guarda Municipal de Santa Luzia e da Polícia Militar, que escoltaram a fila de carros e motos, até o cemitério Belo Vale, onde o corpo será sepultado, às 15h, depois de um velório que deve durar quatro horas.
O cortejo saiu da frente da casa de Hariel, onde ocorreu o acidente, às 10h30. Eram carros, motocicletas, além de uma Van e um ônibus, que levaram amigos da família, que não têm carro
O cortejo seguiu por avenidas do São Benedito e, por onde quer que passasse, as pessoas saíam de suas casas e aplaudiam. Muitas pessoas gritavam o nome de Hariel.
Relembre a tragédia
O atropelamento e morte da criança de 2 anos foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o momento em que a adolescente perde o controle do carro e invade a calçada, atingindo Hariel e outra criança. No momento do acidente, u homem de 28 anos estava ensinando a jovem a dirigir no Bairro São Benedito.
No vídeo, pessoas conversam na rua quando o VW Gol aparece desgovernado, descendo de ré em alta velocidade, derrubando uma mureta e atingindo as crianças. Hariel morreu no local. A outra vítima, de 6 anos, foi levada à UPA São Benedito e transferida em estado grave para o Hospital Odilon Behrens, em Belo Horizonte.
Entenda o acidente
De acordo com a Polícia Militar, o homem que conduzia o ensino tentou ajudar a adolescente a subir a rua, mas ela perdeu o controle. O carro retornou desgovernado e provocou o atropelamento. A mãe da adolescente estava no banco traseiro.
Após o impacto, o trio desceu do veículo. Ao ver o corpo do menino, a adolescente e a mãe fugiram e se abrigaram na casa de uma moradora, comovida pelo desespero da jovem.
No local do acidente, moradores que tentavam ajudar as crianças passaram a agredir o homem que ensinava a adolescente a dirigir. Ele sofreu uma fratura no joelho e hematomas. Militares o retiraram do local e o conduziram ao Hospital Risoleta Neves, e depois à delegacia.
A adolescente de 15 anos foi apreendida ainda no domingo, ouvida pela autoridade policial, que realizou o Auto de Apreensão em Flagrante de Ato Infracional (AAFAI) pela prática do atos infracionais análogos aos crimes de homicídio culposo na direção de veículo automotor e de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.
Em seguida, ela foi liberada mediante a assinatura do Termo Compromisso de Entrega sob Guarda e Responsabilidade, conforme procedimento previsto no artigo 174 do Estatuto da Criança e do Adolescente e prestou depoimento acompanhada pela mãe. O caso continua sob investigação.
