Depois de temporal, prefeito de BH diz que ficar em casa é mais seguro
Damião reforça orientação para não circular em áreas de risco durante fortes chuvas, como o registrado na madrugada deste sábado (13/12)
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Depois da forte chuva que atingiu Belo Horizonte entre o fim da noite de sexta-feira (12/12) e a madrugada deste sábado (13/12), o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) enviou um recado à população para evitar sair às ruas "sempre que possível". A orientação foi dada na manhã deste sábado, durante entrevista coletiva em um evento oficial realizado na Pampulha, uma das regiões mais afetadas pelo temporal das últimas horas.
Damião afirmou que, embora o poder público não tenha controle sobre o volume e a intensidade das chuvas, é dever da administração municipal agir antes, durante e depois dos temporais, orientando a população e respondendo de forma rápida aos danos provocados.
A principal mensagem após a madrugada de chuva extrema, segundo o dirigente, é que permanecer em casa é a atitude mais segura. “Em todas as áreas em que pode ter alagamento, a gente já deixa o recado para as pessoas não utilizarem aquele trecho. Em época de temporal assim, evitar sair às ruas. Se você não precisa sair nesse momento, evitar é o melhor”, afirmou o prefeito, ao comentar os alagamentos e quedas de árvores registrados em diferentes pontos da cidade.
Ele citou como exemplo a região da Avenida Alberto Cintra, no Bairro Cidade Nova, que voltou a registrar alagamentos durante o temporal, apesar dos alertas prévios emitidos pelos órgãos municipais. “A chuva você não consegue controlar a capacidade, a quantidade de água que vai cair, você tem que estar preparado para recebê-la ou para depois dar uma resposta imediata para os estragos que possivelmente ela faz”, ressaltou.
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Dados da Defesa Civil indicam que, em apenas oito horas, choveu mais de 47 milímetros na Região da Pampulha, o equivalente a cerca de 14% da média prevista para todo o mês de dezembro, que é de 339,1 milímetros. Em Venda Nova, o acumulado chegou a 46,4 milímetros no mesmo período. A intensidade da chuva provocou alagamentos, quedas de árvores e transtornos no trânsito, com a Pampulha concentrando o maior número de ocorrências.
Apesar dos impactos, o prefeito destacou que o principal dado do balanço é a ausência de vítimas. Segundo ele, não houve registro de mortes nem de deslizamentos, mesmo diante de um evento que classificou como “um dos mais fortes do ano e também dos últimos anos”.
Para Damião, esse resultado está diretamente relacionado ao trabalho preventivo, à atuação rápida das equipes e ao respeito, por parte da população, às orientações de segurança.
Quedas de árvores
A madrugada também foi marcada por um número elevado de quedas de árvores, especialmente nos bairros Santa Amélia, Santa Branca e São João Batista. Damião lembrou que Belo Horizonte é reconhecida como uma cidade-jardim e que a grande quantidade de árvores faz parte da identidade urbana da capital. Segundo ele, quedas se tornam inevitáveis em situações extremas, com ventos fortes e solo encharcado.
“Não é lamentar a queda da árvore. A gente lamenta quando traz algum prejuízo, mas fora isso a gente está preparado para depois retirar, e a gente vai fazendo isso por Belo Horizonte afora”, disse. O prefeito explicou ainda que o município possui um inventário arbóreo, mas que muitas falhas estruturais só se manifestam quando as árvores são submetidas a condições extremas, como temporais intensos.
Além dos danos viários, as ocorrências afetaram o fornecimento de energia elétrica. Segundo a Cemig, galhos, telhas e até postes danificados provocaram curtos-circuitos e rompimentos de cabos, deixando moradores sem luz em diferentes pontos da Pampulha.
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O Corpo de Bombeiros informou que, desde a manhã de sexta-feira, recebeu 105 chamados relacionados à queda de árvores em vias públicas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Já a Defesa Civil da capital contabilizou, até as 7h50 deste sábado, 22 solicitações pelo telefone 199, principalmente para vistorias em imóveis, destelhamentos e avaliação de muros e estruturas.