ESPECIAL BH 128 ANOS

Aniversário de BH: quais lugares são a 'cara' de Belo Horizonte

Mercado Central, Praça da Liberdade e Serra do Curral estão entre os principais pontos turísticos apontados por 65 personalidades da capital mineira

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Ângulos urbanos enquadram memórias afetivas e, cruzando tempo e espaços em histórias pessoais, encontram lugares de destaque na vivência de homens e mulheres residentes na cidade. O cenário é Belo Horizonte, primeira capital planejada no Brasil republicano, que chegou aos 128 anos nessa sexta-feira (12/12) – foi inaugurada no finalzinho do século 19, em 12 de dezembro de 1897 –, tem 2,3 milhões de habitantes e apresenta inúmeros atrativos para os visitantes. Se brasileiros e estrangeiros curtem tanto BH e prometem voltar, vale saber, agora, o que mais encanta aqui os belo-horizontinos de nascimento e “de coração”. Em resumo: que local tem a “cara de BH”?

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Para conhecer a resposta, o Estado de Minas ouviu 65 moradores, entre políticos, empresários, comerciantes, arquitetos, urbanistas, produtores culturais, autoridades religiosas, educadores, influencers, músicos, escritores, ambientalistas, profissionais liberais, atletas, comunicadores, colunistas e assinantes do jornal e outras pessoas que fazem girar a roda da vida comunitária. Cada um teve direito a escolher três locais. O eleito é o Mercado Central, seguido da Praça da Liberdade, palco de tantos acontecimentos históricos, e a Serra do Curral, patrimônio natural e paisagístico sob constante ameaça de atividades predatórias.

Também na lista dos “Dez Mais” se encontram Pampulha, Parque Municipal Américo Renné Giannetti, estádio do Mineirão, Viaduto Santa Tereza, praças Sete e Rui Barbosa, essa mais conhecida por Praça da Estação, e Lagoa da Pampulha (não a região, mas o espelho d’água).

A cidade é múltipla, tem nove regionais, 493 bairros e, claro, inúmeros recantos bem particulares. Assim, foram citados outros pontos que surpreendem. Estão “na boca do povo” restaurantes, botecos, sorveterias, cafeterias e docerias, indicativo da força e do sabor da culinária local. Moram no coração dos belo-horizontinos as regiões da Savassi e do Barreiro e os bairros da Graça, Concórdia, Santa Efigênia e Lagoinha. Curiosamente, locais badalados aparecem pouco na pesquisa, a exemplo da Rua do Amendoim, Galeria Ouvidor, Rua Sapucaí, Edifício Maletta e Mercado Novo.

Esporte, arquitetura e diversidade

O prefeito de BH, Álvaro Damião (União Brasil), fica entre os que elegem a Serra do Curral, embora com ressalva: “É uma maldade comigo pedir para escolher apenas três lugares que considere a cara de Belo Horizonte. Logo eu que, nascido no Bairro Concórdia, desde criança rodo cada canto desta cidade e sempre me encanto com tantos lugares que não me canso de rever”.

Aceitando o desafio, “mesmo cometendo muitas injustiças por não poder citar uma boa dezena de lugares”, Damião incluiu mais dois que figuram entre os Dez Mais: o Mineirão, “outro cartão-postal da cidade, com 60 anos de história”, e o Mercado Central, reunindo gastronomia, história e turismo em um só lugar. “É o melhor, mais bonito e mais abrangente mercado do mundo”, garante o chefe do Executivo.

Nascido em Araxá, no Alto Paranaíba, o governador Romeu Zema (Novo) elege a Cidade Administrativa. "É o lugar onde trabalho, onde tomei posse, um local com arquitetura moderna, diferenciada”, diz. Em segundo lugar, vem a Pampulha. “Tenho o privilégio de morar lá e, todos os dias, ao sair e voltar para casa, passo em frente ao Mineirinho, ao Mineirão e à lagoa. Escuto os passarinhos todos os dias cedo.”

No coração do mineiro, cabe também a Praça da liberdade. “O Palácio da Liberdade é único na cidade, construção totalmente simbólica que expressa muito bem o que era Minas Gerais quando a capital mudou (de Ouro Preto) para Belo Horizonte”.

Sem puxar a “brasa para sua sardinha”, conforme avisa de antemão, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeu Leite (MDB), vai de Praça Carlos Chagas, nome oficial da Praça da Assembleia, “por ser um espaço que abraça todos os públicos”, a Pampulha, “para passear com a família, correr à beira da lagoa e andar de bicicleta com a filha”, e a Arena do Galo: “Acompanhar meu time, comer um tropeiro e fazer aquela boa resenha”.

Acolhimento e preservação

Natural de Cocos, no Sudoeste da Bahia, região fronteiriça com Minas, o arcebispo metropolitano, dom Walmor Oliveira de Azevedo, afirma que Belo Horizonte é a síntese do estado, “com uma cultura modelada a partir das muitas singularidades que definem o povo mineiro”. Assim, escolhe em primeiro lugar o Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul: “De lá, sempre contemplei o horizonte bonito que revela a cidade. Experimentei singular acolhida, abraços afetuosos, partilha calorosa de um café acompanhado de conversas tão comuns à gente do interior”.

O arcebispo destaca ainda a Catedral Cristo Rei, “coração da Arquidiocese de BH”, em construção no Bairro Juliana, na Região Norte, e o Mosteiro Nossa Senhora das Graças, “escola de oração e contemplação tão bem-cuidada pelas monjas beneditinas, e que representa um tesouro da vida religiosa consagrada na capital de Minas”. Sempre preocupado com a questão ambiental, o médico sanitarista e professor Apolo Heringer Lisboa, idealizador do Projeto Manuelzão, iniciativa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com atuação na Bacia do Rio das Velhas, elege a Praça da Liberdade, que conhece como a palma da mão – “desde meus seis anos, foi meu espaço público: perto de casa, das escolas Delfim Moreira e Afonso Pena”.

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'Acho incrível essa montanha na cidade. Olho para a serra sempre com muito encantamento, mas com uma certa tristeza também, porque ela é sempre muito desrespeitada', diz a escritora Carla Madeira
'Acho incrível essa montanha na cidade. Olho para a serra sempre com muito encantamento, mas com uma certa tristeza também, porque ela é sempre muito desrespeitada', diz a escritora Carla Madeira Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Também a Mata das Borboletas, que conheceu jovem, então na forma de “matagal, nascente, vaga-lume e estrelas”, e a UFMG, onde se formou. Nessas memórias, estão os anos da ditadura militar, as passeatas e, claro, a diversão nos bailes, aos domingos.O câmpus Pampulha da UFMG se encontra no topo da lista para a reitora da instituição de ensino superior, Sandra Goulart Almeida, para quem a história da universidade se confunde com a de BH. “Aqui nasceu a UFMG há quase 100 anos. Ela tem uma marca muito forte na cidade e interlocução profunda com a capital”, afirma a reitora. O complexo da Pampulha e a Praça da Liberdade também são a “cara” da cidade, acrescenta.

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