MG: Ministério Público move ação contra Cemig com pedido de R$ 2,5 milhões
Irregularidade no fornecimento de energia afeta hospitais, escolas, comércios, segurança pública e produção de café em Nova Resende
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou nesta terça-feira (2/12) que ajuizou uma ação civil pública contra a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) devido aos constantes problemas no fornecimento de energia elétrica no município de Nova Resende (MG), no Sul do estado. Os 'apagões' ocorrem há pelo menos 15 anos, conforme o MPMG.
A irregularidade no fornecimento já impactou hospitais, escolas, comércios, segurança pública e, de forma significativa, a produção de café, que sofre perdas consideráveis quando os secadores deixam de funcionar.
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Documentos da própria Cemig, anexados ao processo, mostram que, em maio de 2025, uma interrupção deixou 729 consumidores sem energia. Em outra ocasião, uma queda com duração próxima de duas horas atingiu 149 unidades consumidoras.
A Promotoria de Justiça destaca que as interrupções não estão relacionadas apenas a eventos climáticos severos. "Vereadores do município relataram que os cortes ocorrem 'quase diariamente', até mesmo durante chuvas leves, e que moradores da zona rural já permaneceram dois dias consecutivos sem energia, sem que houvesse acidentes ou incidentes naturais que justificassem a falha", disse.
Na ação, o MPMG solicita tutela de urgência para que a Cemig apresente, em até 30 dias, um plano detalhado de melhorias na infraestrutura elétrica, com prioridade para as áreas rurais. No mérito, pede ainda a condenação da empresa ao pagamento de R$ 2,5 milhões por danos morais coletivos, a serem destinados ao Fundo de Defesa do Consumidor.
A reportagem entrou em contato com a Cemig. A assessoria da companhia de energia disse que irá emitir comunicado na manhã desta quarta-feira (3/12).
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