Um homem, de 63 anos, condenado a 11 anos e oito meses por estupro de vulnerável, foi preso pela Polícia Civil, em Nanuque, na região Norte de Minas Gerais. O crime foi cometido em 2019 e ele estava foragido desde 2022 depois do julgamento em 2024. 

 

A prisão é resultado de um trabalho investigativo feito pela Polícia Civil. O crime ocorreu em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o homem atuava como pastor.

As vítimas eram frequentadoras da igreja fundada por ele, e o denunciaram em 2019, dando início à investigação pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) de Ibirité.

As investigações indicaram que o pastor estaria vivendo, a partir da fuga, em Nova Viçosa, na Bahia, e, posteriormente, mudou-se para Nanuque, onde policiais civis do município efetuaram sua prisão.

A Deam de Ibirité apurou que o pastor cometia os abusos na residência das pessoas, onde eram realizados os atendimentos espirituais das vítimas. A companheira do homem também chegou a ser indiciada, na época, por auxiliá-lo na prática criminosa, já que distraía as pessoas para que ele cometesse os crimes.

No entanto, outra investigação da Deam Ibirité revelou que a mulher era vítima de violência psicológica e estupro cometidos pelo marido.

Duas das vítimas, mãe e filha, relataram na época das investigações ter sido tocadas nas partes íntimas pelo pastor. Numa das vezes, a menina, então com 12 anos, registrou com o celular os abusos cometidos nos atendimentos espirituais. Elas eram frequentadoras da igreja fundada pelo pastor, onde se conheceram.

A prisão

O pastor foi preso durante a “Operação Inocência”, em outubro de 2019, concluindo o inquérito com seu indiciamento por estupro de vulnerável. Com a condenação definitiva em setembro de 2024, foi expedido o mandado de prisão, e posteriormente cumprido pela Polícia Civil em Nanuque.

Segundo a delegada Kenya Negrelli, da Deam de Ibirité, após meses de monitoramento e pesquisas, a equipe conseguiu localizar o condenado. “Identificamos que o suspeito se encontrava no Estado da Bahia, onde permaneceu até agosto de 2025. Posteriormente, ele se deslocou para Minas Gerais e, com apoio dos policiais civis de Nanuque, conseguimos efetuar a prisão”, explicou.

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A subinspetora Fabiana Sales acrescenta que “existem fortes indícios de que o investigado estaria usando documentos falsos para dificultar sua identificação e eventual prisão”. O pastor foi levado para o sistema prisional.  

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