AUDIÊNCIA

Morte de gari: audiência para ouvir testemunhas ocorre nesta manhã em BH

Réu confesso, Renê da Silva Nogueira Júnior participa da primeira audiência de instrução no Fórum Lafayette, no Centro da capital

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A primeira audiência de instrução do caso que apura a morte do gari Laudemir Fernandes de Souza ocorre na manhã desta terça-feira (25/11) no 1º Tribunal do Júri Sumariante do Fórum Lafayette Criminal e de Família, no Centro de Belo Horizonte. O crime aconteceu em agosto deste ano no Bairro Vista Alegre, na Região Oeste da capital, quando a vítima foi morta com um tiro enquanto trabalhava.

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O réu, Renê da Silva Nogueira Júnior, que confessou o homicídio, será ouvido no processo. Nesta terça, oito testemunhas de acusação prestam depoimento. Já amanhã (26), será a vez de seis testemunhas de defesa, além do interrogatório do acusado.

Na decisão que marcou a audiência, a juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza negou o pedido da viúva da vítima, Liliane França da Silva, para atuar como assistente de acusação no julgamento. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não foram apresentados documentos que comprovassem a união estável entre ela e Laudemir.

Caso

Laudemir Fernandes, gari de 44 anos, foi morto com um tiro efetuado pelo empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47, em agosto deste ano. Laudemir trabalhava na coleta de lixo da Rua Modestina de Souza, no Bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte (MG), quando foi atingido pelo projétil. Renê confessou o crime.

O empresário responde por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e perigo comum. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o servidor terceirizado da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) foi morto pelo empresário.

Durante as investigações, a esposa do suporto autor, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, também foi indiciada por prevaricação – por ela saber que o marido cometeu o crime e não ter cumprido com os deveres da profissão – e porte ilegal de arma de fogo – por ter cedido ou emprestado sua arma de fogo pessoal.

De acordo com depoimentos, a motorista e os garis acenaram para Renê, dizendo “vem, vem, pode vim (sic)”, em sinal de que havia espaço para ele passar. Nesse momento, o suspeito teria abaixado a janela e gritado para a condutora que se alguém encostasse em seu veículo ele iria matar a pessoa. Ele então pegou uma arma, apontou para Eledias e ameaçou "dar um tiro na cara" dela.

O gari Tiago Rodrigues se colocou entre os dois, tentando intervir: “Você vai dar um tiro na mulher trabalhando? Vai matar ela dentro do caminhão?”, questionou. Renê seguiu com o carro sem encostar no caminhão e parou alguns metros à frente. Saiu do veículo armado, mas deixou o carregador cair. Após recolhê-lo, engatilhando novamente a pistola, efetuou um disparo, que atingiu Laudemir no abdômen.

O tiro acertou o lado direito das costelas e saiu pelo esquerdo. Laudemir foi levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, na Grande BH, mas morreu momentos depois por hemorragia interna. No local do crime, foi recolhido um projétil intacto de munição calibre .380.

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Naquele dia, Laudemir substituía um colega afastado por lesão. Ele normalmente trabalhava na rota que atende o Bairro Serra, na Região Centro-Sul da capital. A motorista, em depoimento judicial ao qual o Estado de Minas teve acesso, contou que ele atuava há dez anos na empresa e que havia acabado de conquistar a guarda da filha. Disse ainda que Laudemir estava ansioso para terminar o turno e chegar em casa antes das 18h, horário em que o Conselho Tutelar faria uma visita de vistoria à nova moradia da menina.

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