BH: Damião afirma que não há data para retirar guardas de centros de saúde
O prefeito da capital mineira ainda destacou que o Executivo também estuda proposta para otimizar a segurança pública
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O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), afirmou que não há nada decidido a respeito da retirada da Guarda Municipal dos centros de saúde da capital mineira. Damião explicou, em coletiva nesta quarta-feira (20), que o Executivo está estudando formas de “otimizar a segurança pública em um todo.”
“Um trabalho que estamos fazendo dentro da prefeitura, desde o começo da gestão em janeiro, é sobre a segurança da cidade. Quando se fala da segurança, falamos em todos os locais da cidade, seja nas ruas, no hipercentro, ou seja dentro dos centros de saúde, onde as pessoas reclamam muito também”, disse.
Damião destacou que não há data para alguma mudança na dinâmica de segurança nos centros de saúde. Porém, contou que estudos da Prefeitura de BH indicam que o estresse é a maior causa de problemas relacionados com a segurança dentro das unidades. “A pessoa já chega estressada para poder ser atendida e acaba gerando algum tipo de problema. Mas não significa que, para resolver o problema que foi gerado, tem que ser um guarda, um policial.”
“Se tirarmos os guardas dos centros de saúde, é porque vamos continuar mantendo a segurança de uma outra forma. A segurança dali de dentro, ninguém vai tirar. A forma de se fazer segurança ali dentro pode ser que mude”, completou.
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O prefeito de BH ainda destacou, durante a coletiva, que a segurança pública é prioridade do Executivo. “Estamos melhorando a qualidade da segurança pública em Belo Horizonte. Apesar de que os discursos de todos os prefeitos anteriores era de que a segurança é dever do estado. Segurança é dever do prefeito também”, disse. “Temos que participar da segurança da nossa cidade através da Guarda Municipal, e é isso que estamos fazendo. Apoiamos e nos aproximamos da segurança que é feita pelo estado, mas Belo Horizonte tem que dar os passos dela”, completou.
Sindicato se posiciona contra a possibilidade
A possibilidade da retirada da Guarda Municipal gerou reação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), que convocou uma assembleia na noite dessa terça-feira (19/8), em resposta à informação, repassada por agentes da Guarda Municipal, de que a partir desta quarta-feira (20/8), cerca de 87% dos centros de saúde deixariam de contar com a presença da guarda.
De acordo com a entidade, os servidores decidiram manter-se em estado de mobilização e “aguardam que a prefeitura apresente uma proposta concreta em relação à segurança nas unidades de saúde. A posição do Sindibel, em relação à questão da retirada dos guardas, é a seguinte: primeiro, os guardas nas unidades de centro de saúde, de fato, têm razão em reclamar que foram colocados nessas unidades sem um preparo para recebê-los, sem locais adequados para eles fazerem a troca de fardamento", explicou Israel Arimar, coordenador do sindicato.
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"A gente entende isso, tem essa compreensão também. Só que o posicionamento do Sindibel sempre foi que, ao invés de ter a guarda municipal, que a prefeitura retornasse com os porteiros - que foram demitidos em 2014 -, e colocasse segurança privada. Então, o nosso entendimento, é que não dá para a guarda sair de forma abrupta, sem que a prefeitura apresente uma proposta que dê segurança para os trabalhadores da saúde", finalizou.