Morre Kafunga, coordenador do Colégio Santo Antônio
Autoridades e alunos lamentaram a morte do coordenador nas redes sociais
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O coordenador do Colégio Santo Antônio, Olavo Campos, conhecido como Kafunga, morreu nesta quarta-feira (23/7) aos 71 anos, completados no último domingo (20/7). A informação foi confirmada pela tradicional escola de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O professor lutava há cerca de um ano contra um câncer linfático, que começou na perna, com um nódulo, e atingiu o pulmão.
Em publicação nas redes sociais, o Colégio Santo Antônio informou o falecimento de Kafunga, que também foi técnico do Arsenal, time de futsal do Colégio, muitas vezes campeão metropolitano, e lamentou o ocorrido. "Algumas pessoas parecem já nascer com o uniforme do colégio. Kafunga era uma dessas. Ele foi aluno do Colégio Santo Antônio, e nunca mais foi embora de verdade. Mesmo quando escolheu estudar Medicina, o colégio seguiu sendo seu lugar. Voltou como professor, depois coordenador. Mas, acima de tudo, foi presença. Constante, firme, silenciosa às vezes, mas sempre ali", dizia uma das postagens em homenagem ao coordenador.
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“Hoje, o Colégio Santo Antônio se despede, com o coração em luto, de Olavo Campos, o Kafunga, que dedicou sua vida à missão de educar e formar com amor e sabedoria. Sua presença marcou gerações e deixou um legado que seguirá vivo em cada canto do colégio”, diz a publicação.
Conforme a instituição, Olavo foi um “homem de fé, escuta e serviço” e “mais do que um educador”. “Foi um verdadeiro testemunho de dedicação e cuidado com cada aluno, com cada família, com cada história que passou por aqui. Sua memória será sempre luz para nós. Confiamos que Deus o acolha com misericórdia e paz, e pedimos a intercessão de São Francisco de Assis para que a vida eterna seja, agora, sua morada”, completou a nota.
Na publicação, diversos pais e figuras relevantes em Minas Gerais lamentaram a morte. “Estamos órfãos, todos nós. E temos a missão de a cada dia cultivarmos o que você plantou. Não vai ser fácil”, disse um ex-aluno.
“Generoso, firme e sempre atento ao bem de todos, ele marcou profundamente a trajetória de quem teve a sorte de conviver com ele. Sentiremos saudades, mas sua presença continuará viva em cada gesto que ensinou. Meus sentimentos a todos da comunidade CSA”, lamentou outra.
“Que tristeza! Uma vida dedicada à educação, um grande ser humano e a personificação de tantas gerações do nosso amado CSA. Merece todas as homenagens possíveis! Descanse em paz, Kafunga”, disse mais um aluno.
Autoridades lamentam a perda
“Kafunga impactou muito além do quarteirão do Colégio Santo Antônio, inspirou educadores, pais e mães, colegas de alunos do CSA que sempre escutaram falar dessa lenda. Feliz em ter convivido com sua sabedoria!”, disse a vereadora Marcela Trópia (Novo).
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“Deixará saudades, mas deixa acima disso um legado. Apesar de firme, nunca perdeu o humor, apesar de brincalhão, nunca descuidou da qualidade do ensino e da importância do mérito escolar. Descansa em paz, meu amigo!”, escreveu o vice-governador Mateus Simões (Novo).
Eustáquio Afonso Araújo, o "Takão", técnico bicampeão mundial de futsal com a Seleção Brasileira em Hong Kong, em 1992, e na Espanha, em 1996, teve Kafunga como grande parceiro em toda a carreira. Eles trabalharam juntos no Colégio Santo Antônio e no Arsenal, time da modalidade, que tinha como base a escola. Os dois estiveram juntos no último domingo, quando Takão foi visitá-lo por ocasião do aniversário do amigo.
Kafunga foi seu auxiliar-técnico e treinador das divisões infantil e infantojuvenil de ambas as equipes. "Perco quase que um irmão. Trabalhamos juntos, o tempo todo. Era uma pessoa admirável. Um gestor de pessoas fenomenal, que liderava sem imposição. Perde o esporte, perde o colégio. Uma grande perda", lamentou.
Despedida
O corpo de Kafunga será velado nesta quinta-feira (24) na capela do Colégio Santo Antônio (Rua Pernambuco, 840 - Funcionários), na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O sepultamento está previsto para 15h30, no Cemitério do Bonfim, Noroeste da capital mineira.