
Ladrões arrombam lojas na Savassi; funcionários relatam medo na região
Crimes ocorerram em dois estabelecimentos próximos. Polícia Civil vai analisar câmeras de segurança
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Siga noDuas lojas foram arrombadas na Savassi, Região Sul de Belo Horizonte, na madrugada desta sexta-feira (8/11). O primeiro arrombamento ocorreu na casa lotérica Zebra de Ouro, e, o segundo, na Fiftylolo.
Na Zebra de Ouro, localizada na Rua Alagoas, 1260, os ladrões entraram pelo telhado. Segundo o proprietário, José Rui Machado, de 75 anos, o prejuízo é estimado em R$ 130 mil. "Os danos são muitos, no que diz respeito a equipamentos. Por exemplo, toda a fiação dos computadores foi destruída”, lamenta Machado.
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Em dinheiro, segundo o proprietário, o prejuízo não foi tão alto. “Eles levaram o dinheiro que estava nos caixas. São trocados, que deixamos para dar troco, no dia seguinte. Felizmente, não conseguiram abrir o cofre, onde estava o dinheiro”.
O arrombamento foi descoberto quando a primeira funcionária, chegou para abrir a loja. “Ela estranhou o fato do alarme não estar funcionando. E, ao entrar, viu a parte da lotérica toda bagunçada, com papéis espalhados e as gavetas, dos caixas, abertas”, diz Machado.
Os ladrões não mexeram, no entanto, na parte externa à lotérica, que fica na frente da loja, onde funciona um chaveiro e também um balcão de suporte para celulares. “Nesses dois espaços, não mexeram, só dentro da lotérica”.
Esta não foi a primeira vez que o empresário enfrentou problemas com ladrões. Há cinco anos, ele foi vítima de um assalto. “Um ladrão veio, armado e invadiu a loteria. Foi um momento de muito medo e apreensão que passamos”. Na época, o criminoso levou o dinheiro dos caixas, que ele não lembrou quanto foi o total.
Também faz parte do prejuízo, segundo o proprietário, o fato de não poder trabalhar nesta sexta-feira, pelo menos na parte da manhã.
E isso foi sentido, também, pelos clientes. José Inácio Standall, administrador, de 34 anos, diz que se assustou. “Que fato lamentável. Eu vim, aqui, para conferir meus jogos e fazer uma aposta para o fim de semana, e encontrei a polícia na porta e as funcionárias me disseram que a lotérica não estavam funcionando”.
Funcionários de lojas vizinhas à lotérica contam que quem trabalha na Savassi, hoje, convive com o medo. José Geraldo Silva, de 38 anos, diz que a todo instante chega a notícia de um roubo, um assalto.
“Vira e mexe, a gente que trabalha em loja, vê alguém chegando pra contar que a loja tal foi roubada. Outro vem e conta que assaltaram uma mulher, a maioria das vezes, uma idosa ou idoso. A gente precisa de mais policiamento”, diz ele.
A casa lotérica é dotada de um sistema de câmeras de vídeo, que é a esperança para a identificação dos ladrões. Essas imagens estão sendo recolhidas pela Perícia da Polícia Civil, que pode conseguir, a partir destas, a identificação dos criminosos.
Segunda loja
Pouco depois de começar o atendimento do arrombamento da lotérica, a Polícia Militar recebeu a denúncia do arrombamento da Fiffylolo, loja de acessórios de casa e feminino, localizada na Avenida Cristóvão Colombo, 157.
A distância, de apenas dois quarteirões, chama a atenção. No caso deste segundo arrombamento, os ladrões entraram na loja depois de arrombar a porta de entrada.
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Depois de arrombar a porta, os ladrões entraram na loja e roubaram bolsas e fones de ouvido de aparelhos celulares e computadores. O total do prejuízo não foi estimado.
Também nessa loja, as imagens de câmeras de segurança, principalmente de prédios e outras lojas vizinhas são a esperança para se identificar os arrombadores.
Reforço
Há cerca de três semanas, a Polícia Militar iniciou uma operação na região da Savassi para reforçar o policiamento e coibir a criminalidade. Os trabalhos contam com 24 unidades de cavalaria dedicadas exclusivamente ao bairro, além do patrulhamento com veículos.
Em toda Belo Horizonte, são registrados, em média, 25 furtos a estabelecimentos comerciais por dia, incluindo arrombamentos. De janeiro a setembro deste ano, foram 6.774 ocorrências.
Vale destacar que a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) não especifica o número de ocorrências por bairro na sua plataforma de dados abertos, sob a justificativa de evitar a estigmatização de uma localidade em detrimento de outra.