
Padrasto, mãe e avó são indiciados por tentar matar criança de 3 anos
Segundo a PCMG, menino era vítima de torturas que ocorriam há cerca de um ano. Criança foi socorrida pelo Samu e levada inconsciente ao hospital
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Siga noA Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou, nessa terça-feira (24/9), o padrasto, a mãe e a avó de uma criança de 3 anos, por tentativa de homicídio dela. O caso aconteceu em Ipatinga, no Vale do Rio Doce. Segundo apurações da PCMG, o menino era alvo de torturas há cerca de um ano.
As investigações se deram quando, no sábado (14/9), a criança foi socorrida pelo Samu e levada inconsciente e com diversas lesões ao hospital, onde foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na ocasião, o padrasto, de 25 anos, e a mãe da criança, 19, foram presos em flagrante. Os suspeitos inicialmente negaram as agressões, sob o argumento de que a vítima havia caído de uma escada externa na residência do casal.
Durante a apuração, a polícia constatou que a criança era vítima de tortura praticada pelo padrasto, com o conhecimento da mãe e da avó materna, que se omitiram diante dos fatos. Segundo a delegada Ana Paula Passagli, as agressões ocorriam há cerca de um ano.
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"O casal vivia junto há aproximadamente dois anos, e, no início do relacionamento, residia na casa da avó materna da vítima, mas ambos se mudaram após o padrasto ser preso em flagrante por agressões à mãe da criança e por lesão corporal contra a avó, momento em que foram concedidas medidas protetivas”, revela a delegada.
Ainda segundo Ana Paula, testemunhas confirmaram que a criança foi vítima de violência e tortura pelo padrasto em diversas ocasiões. “Em uma das ocorrências, a polícia foi acionada, mas a mãe alegou aos policiais que a criança estava apenas chorando para dormir”, destaca Passagli.
Família indiciada
O inquérito, concluído nessa terça, indiciou o padrasto por tentativa de homicídio qualificado por uso de meio cruel e pelo crime de tortura. A mãe, por tentativa de homicídio qualificado e omissão no crime de tortura, e a avó, por omissão do crime de tortura.
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Ainda segue em andamento uma nova investigação sobre outros possíveis crimes sofridos pela criança, além de uma apuração relacionada a incitação ao crime, uma vez que foram divulgados áudios e vídeos via aplicativo de mensagens, para que o conteúdo chegue aos estabelecimentos prisionais nos quais os suspeitos estão detidos.
Alerta
A delegada ainda orienta a população e os usuários de redes sociais a não divulgarem arquivos desse tipo, sob pena de estarem cometendo crime. “Além disso, as imagens da vítima não devem ser divulgadas, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)", ressalta. A violação desses direitos é passível de punição, bem como indenização por danos morais.