
Baccheretti sobre vacina contra dengue: ‘Temos muitas doses paradas’
Secretário de saúde de Minas afirmou que a pasta vai insistir nas campanhas, mas público-alvo pode ser ampliado para que as doses não se percam
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Siga noO secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, disse, nesta terça-feira (2/7), que há muitas doses de vacina contra a dengue paradas. Baccheretti demonstrou preocupação de que, com o fim da epidemia da doença, as pessoas procurem menos os postos para imunizar o público-alvo, crianças de 10 a 14 anos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o estado recebeu 289.410 doses de vacina contra a dengue desde o mês de fevereiro, enviadas para 192 municípios. Até o momento, segundo a pasta, foram aplicadas 100.158 doses.
“Temos muitas doses paradas. Doses paradas não servem, tem que ser no braço”, afirmou o secretário. De acordo com ele, a estratégia adotada pela pasta será insistir na campanha de vacinação. Porém, o público-alvo pode ser ampliado. “Não vamos deixar doses na geladeira. Não perderemos nenhuma dose, iremos expandir o público.”
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Ele diz que os casos serão analisados conforme o vencimento. “Se continuarmos com doses paradas vamos ampliar o público para garantir que nenhuma vacina será perdida e a população será protegida.” O secretário diz que pouco mais de 30% do público-alvo foi imunizado com as doses aplicadas. “Lembrando que são duas doses, com um intervalo de três meses. Mas está muito abaixo do que esperávamos.”
O secretário acredita que, nos próximos anos, uma epidemia como a deste ano seja mais difícil de acontecer.
“A expectativa para o próximo ano é de novas doses chegando, especialmente a do Butantan, que é dose única. São cerca de 5 milhões de doses. Em quatro ou cinco anos, talvez tenhamos, especialmente a população mais vulnerável, já vacinada. Quem sabe, este vai ter sido o pior ano epidêmico até hoje, mas, daqui para frente, não teremos outro ano como este. Com a vacina, a cada dia que se passa, teremos mais pessoas imunizadas”, concluiu o secretário de Saúde.