
Bacia do Paraopeba terá centro de apoio às mulheres vítimas de violência
Iniciativa será custeada com recursos do Acordo de Reparação da Vale pelo impacto na região atingida pelo rompimento da barragem de Brumadinho
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Siga noA região atingida pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, vai receber a Casa Acolhe Minas – Bacia do Paraopeba, um centro de apoio às mulheres em situação de violência doméstica. O projeto tem como objetivo fortalecer a Rede Regional de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Intrafamiliar, concentrando os atendimentos de diversas áreas em um único espaço físico.
O projeto, elaborado com a participação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG) junto a Vale e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), prevê um investimento de R$ 23,8 milhões. O valor será custeado com recursos do Acordo de Reparação, uma vez que é uma obrigação de fazer da Vale.
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A Casa Acolhe Minas será instalada em Juatuba, na Grande BH, e vai atender mulheres em situação de violência dos 17 municípios que aderiram ao projeto: Brumadinho, Caetanópolis, Felixlândia, Florestal, Fortuna de Minas, Igarapé, Juatuba, Maravilhas, Mário Campos, Mateus Leme, Paineiras, Papagaios, Paraopeba, Pequi, São Gonçalo do Abaeté, São Joaquim de Bicas e São José da Varginha.
Segundo a Sedese, “a ideia é concentrar em um mesmo espaço os atendimentos de diversos segmentos, desde a segurança pública até o abrigamento temporário, passando pelo acesso à Justiça, com um olhar qualificado e respeitoso, nos moldes preconizados pela Lei Federal 11.340/2006”.
Além da construção da casa, está previsto a construção de um Centro de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cream), de uma Defensoria Especializada de Defesa dos Direitos das Mulheres em Situação de Violência de Gênero (Nudem – Bacia do Paraopeba) e de um Espaço Integrado com o Sistema de Justiça e com a Polícia Civil.
Será oferecido atendimento presencial e on-line às mulheres em situação de violência doméstica, assim como acolhimento psicossocial para as vítimas e vagas para abrigamento emergencial.
O início da execução foi autorizada pelo governo de Minas Gerais, pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG). A previsão é que o imóvel seja entregue em dois anos e quatro meses.