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Exercício ilegal

'Falso médico' do Barreiro será indiciado pela Polícia Civil por 5 crimes

Fisioterapeuta Bruno César Lucchesi também enganou profissionais da área de saúde e utilizava registro de outros médicos

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Falsidade ideológica, estelionato, emissão ilegal de atestado médico, exercício ilegal de medicina e expor ao perigo a vida de outras pessoas. São por esses crimes que o fisioterapeuta Bruno César Lucchesi será indiciado pela Polícia Civil. Lucchesi é proprietário da CMA FIT Clínica Médica do Esporte, no Barreiro, e se passava por médico, realizando procedimentos e receitando medicamentos e tratamentos.

Segundo a delegada Gislaine Rios,  foram encontradas até o momento 11 vítimas do falso médico, mas deste número somente sete quiseram registrar queixa e passar por exames no Instituto Médico Legal (IML). Os exames são necessários para a produção de provas contra o falso médico.

"Ele [Bruno César Lucchesi] injetava medicamento em joelhos e colunas de vítimas, sendo que algumas delas não conseguem nem se deslocar hoje. Além disso, ele receitava medicamentos proibidos e os estocava, para vender aos pacientes, que na verdade eram vítimas", diz a delegada.

Mais vítimas

A delegada Gislaine conta que cerca de oito profissionais, entre psiquiatras e psicólogos, também estão entre as vítimas do falso médico. "Para convencer seus pacientes, Lucchesi dizia ter uma equipe. Por isso, fez parcerias com psiquiatras e psicólogos. Quando um paciente não melhorava com as aplicações, dizia a este que seu problema era psicológico. Então, os passava a um desses médicos conveniados", explica a delegada.

O fisioterapeuta também usava nomes de terceiros, outros médicos, para dar as receitas. "Eram nomes de médicos já falecidos, ou inativos, ou mesmo que estão na ativa. Um deles, era seu xará. Assim, não chamava a atenção. Uma médica, amiga deste médico clonado, chegou a chamar a atenção dele, de que outra pessoa estaria usando seu nome e CRM", informa a delegada.

O fisioterapeuta também usava nomes de terceiros, outros médicos, para dar as receitas

O fisioterapeuta também usava nomes de terceiros, outros médicos, para dar as receitas

Redes sociais/reprodução

Ainda, segundo a delegada, o falso médico tinha uma vida de luxo. "Ele só usava carros caros, todos de aluguel e também fez muitas viagens ao exterior. Estava, inclusive com uma viagem marcada para a República Dominicana", conta a doutora Gislaine. Por semana, segundo ela, nós últimos três anos, o falso médico ganhava cerca de R$ 40 mil. Além disso, as funcionárias de sua clínica ganhavam R$ 120,00 por cada cliente conquistado. Bruno César Lucchesi continua preso.

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