A UFMG é uma das 21 instituições federais brasileiras que entraram de greve -  (crédito: Divulgação APUBH UFMG+)

A UFMG é uma das 21 instituições federais brasileiras que entraram de greve

crédito: Divulgação APUBH UFMG+

Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vão realizar uma assembleia geral na próxima quinta-feira (25/4) para debater parte das propostas de reestruturação das carreiras da Educação apresentada nesta sexta-feira (19/4) pelo governo federal durante reunião em Brasília. O encontro foi intermediado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Em pauta, está a recomposição salarial dos docentes, que teve melhor oferta do governo em comparação à semana passada.

 

O encontro desta sexta marca a quarta rodada de negociações e contou com a participação de representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Sindical) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

 

 

Principal alvo do debate, o governo ofereceu recomposição salarial de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026, segundo informou à reportagem Marco Antônio Alves, integrante do comando da greve e da diretoria do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH UFMG+).

 

Na quinta-feira da semana passada (11/4), o governo havia colocado na mesa a possibilidade de 4,5% de aumento para 2025 e esse mesmo percentual para o ano seguinte, o que não foi acatado pela categoria. Nos dois cenários, não haveria aumento neste ano. 

 

“Agora, os professores da UFMG vão decidir em assembleia na próxima quinta-feira se aceitam ou não a nova proposta do governo. Também vamos levar isso para as demais bases (o campus) votarem. Na sequência, tudo o que ficar decidido será apresentado ao comando nacional de greve. Acredito que os docentes não vão aceitar os novos percentuais e, com isso, mais uma vez, a situação poderá ser debatida na mesa de negociação em Brasília”, explica Marco Antônio.

 

Ainda de acordo com o integrante da APUBH UFMG+, o governo propôs, na semana passada, passar o auxílio alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil, o que representa aumento de 51,9%. A assistência à saúde complementar per capita média (auxílio saúde) iria de R$ 144,38 para cerca de R$ 215. Além disso, a assistência pré-escolar (auxílio creche) passaria de R$ 321 para R$ 484,90.

 

Também estão na pauta da greve a reestruturação das carreiras de técnico-administrativos, a recomposição do orçamento, o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes e a “revogação de todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022)”.

 

Professores das instituições federais em Minas Gerais, incluindo a UFMG, estão em greve desde segunda-feira (15/4). Apesar da deflagração pelos sindicatos da categoria, a adesão ao movimento varia entre os docentes. Os servidores técnico-administrativos (TAEs) estão paralisados desde 11 de março.