O radialista fez história no jornalismo e teve uma passagem importante na Rádio Guarani -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)

O radialista fez história no jornalismo e teve uma passagem importante na Rádio Guarani

crédito: Reprodução/Redes sociais

Morreu, na noite dessa segunda-feira (26/2), o radialista Claudinê Albertini, devido a uma parada cardiorrespiratória. Albertini estava internado desde quarta-feira (21/2) tratando uma pneumonia. O velório será realizado no Velório Memorial Gutierrez, das 12:30 às 14:30, nesta terça-feira (27).

Albertini, que dedicou a carreira em veículos como a Rádio Inconfidência, 107 FM e Rádio Guarani, fez história no rádio mineiro. Era conhecido por ser visionário e pela excelência de seu trabalho. Ele deixa a mulher, Edi, e as filhas Tatiana, Ludmila e Natasha.

Colegas de trabalho que conquistou ao longo da vida lamentaram a morte do radialista.

“Claudinê Albertini foi um grande companheiro da minha vida na Rádio Guarani. Ele detinha a essência da Guarani. Era a própria elegância, o próprio conhecimento, robustez e inovação em pessoa, que representava a Guarani na ocasião. Um homem de saber único, um artista com uma sensibilidade indiscutível. Perdemos um grande mestre do rádio”, disse a gerente comercial multimídia do Diários Associados, Clarice Campolina.

Na Rádio Guarani, Claudinê montou uma equipe de repórteres novos e deu oportunidades para que jovens e até mesmo adolescentes pudessem aprender com ele.

Segundo Kiko Ferreira, atualmente chefe de programação da Rádio Inconfidência, Claudinê era um formador de veículos e profissionais e sempre gostou de trabalhar com pessoas de diferentes idades.

“Ele era uma lição para nós, radialistas. Eu acho que nós não temos hoje no rádio e na televisão um profissional com o nível de excelência que ele tem”, diz Kiko, que trabalhou com Claudinê na Rádio Guarani nos anos 2000.

Para o irmão e também radialista Dênio Albertini, a perda é inestimável. Por ser um ente querido e pela sua importância na rádio.

“O Nê, como carinhosamente o chamamos, foi meu guru, meu segundo pai. Um cara visionário, inquieto, inteligente, muitíssimo criativo e generoso. Ele não deixa que a gente envelheça, sempre à frente de seu tempo. Uma figura muito querida no meio artístico, incentivador dos talentos mineiros não só na música, mas no teatro, no cinema e nas artes plásticas”, conta Dênio. 

Trajetória

A Rádio Minas foi a primeira emissora que deu espaço para Claudinê Albertini começar sua trajetória no radialismo, produzindo um programa de uma hora de duração, no início dos anos 70. Depois, foi programador na Rádio Del Rey FM, atualmente 98 FM, a primeira FM da América Latina, onde tornou-se diretor artístico.

Em 1978, desenvolveu o projeto da Rádio Inconfidência FM, a Brasileiríssima, que entrou ao ar em fevereiro de 1979. Ficou por lá até 1987. Teve também uma breve passagem pela Rádio Anchieta, de Belo Horizonte.

Já nos anos 90, desenvolveu o projeto da 107 FM, a rádio do estudante, do Colégio Promove que, segundo o irmão Dênio Albertini, foi o trabalho mais ousado ao longo de sua carreira.

Dênio também trabalhou com o irmão na Inconfidência e na Rádio Guarani FM, na qual Dênio foi diretor no início dos anos 2000 enquanto Claudinê consultor durante vários anos. Quando a rádio foi arrendada, os irmãos fundaram a guaraniweb.com.br, uma rádio por streaming.