O Juventude Bronzeada entende a festa como um ato político e, por isso, diversas manifestações foram feitas. -  (crédito: Alexandre Guzanshe)

Juventude Bronzeada entende a festa como um ato político e, por isso, encabeçou diversas manifestações

crédito: Alexandre Guzanshe

As fitas coloridas tomaram conta da Avenida dos Andradas, na Região Leste de Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (13/2). Tradicionais do bloco Juventude Bronzeada, elas coloriram a via sonorizada em uma festa que mistura axé, protestos e cultura belo-horizontina.

Aproveitando o feriado, os foliões chegaram cedo para curtir um dos maiores blocos do carnaval da capital. Por volta das 9h, o desfile já tinha começado. Neste ano, o bloco, que tem mais de 300 músicos e 150 dançarinos, misturou clássicos do axé dos anos 1980 e 1990, músicas autorais e hits contemporâneos.

O tema do cortejo era “Juventude Bronzeada do Belô”, que é um trecho do hino do bloco e representa o orgulho de fazer parte de BH, especialmente da folia da cidade. Para representar outros grupos carnavalescos tradicionais da capital, o trem elétrico foi adornado com ilustrações de capivaras foliãs, vestidas nas cores de alguns dos blocos.

O Juventude Bronzeada entende a festa como um ato político e, por isso, diversas manifestações foram feitas. Em cima do trio, havia uma placa pedindo “Fora, Zema”. Os foliões também fizeram protestos, levantando estandartes com palavras de ordem, como “Salve a Serra do Curral”, “Tarifa zero no busão”, “Não é não”, “Justiça para as vítimas da mineração” e “Não à privatização da Cemig”.

O bloco foi criado em 2013 e, entre o primeiro cortejo - em 2014 - e 2023, desfilou pelas ruas do Bairro Floresta. Devido ao aumento da quantidade de foliões, o grupo agora se apresenta em uma grande avenida da cidade.