Sargento Roger sorri, fardado -  (crédito: Arquivo pessoal)

Sargento Roger sorri, fardado

crédito: Arquivo pessoal

O velório do Sargento Roger Dias, que morreu nesse domingo (7/1), em decorrência de tiros na cabeça durante uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis, região Norte de Belo Horizonte, na última sexta-feira (5), será na tarde desta terça-feira (9), no cemitério Bosque da Esperança. O corpo dele será enterrado em seguida, com honras militares.

A cerimônia está prevista para começar às 13h. O sepultamento será às 17h.

A esposa do sargento, Ana Clara, confirmou que autorizou aos médicos do Hospital João XXIII, onde ele estava internado, a doação dos órgãos.

sargento Dias, como era chamado, completou dez anos de Polícia Militar no último sábado. O militar, de 29 anos de idade, entrou para a corporação em 2014 e atuava no 13º Batalhão de Belo Horizonte. Ele era casado e deixa uma filha de apenas cinco meses.

Quem são os suspeitos?

Os suspeitos do crime são Welbert de Souza Fagundes, de 25 anos, que estava foragido da Justiça por não retornar para o presídio durante a “saidinha” de Natal, e Geovanni Faria de Carvalho, de 33 anos, que estava em condicional depois de passar grande parte de 2023 preso.

Segundo informações da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG), Welbert estava preso no presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, desde 24 de agosto de 2023. De acordo com informações da Polícia Militar, ele teve o benefício da saidinha concedido em dezembro e deveria ter retornado ao presídio no dia 23 de dezembro. Ele era considerado foragido da Justiça.

Ainda de acordo com a PM, o suspeito tinha 18 passagens policiais por crimes como roubo, tráfico de drogas, falsidade ideológica e agressão.

Já o comparsa de Welbert, Geovanni Faria de Carvalho, de 33 anos, também estava preso no mesmo presídio, entre março e setembro de 2023, quando recebeu um alvará de soltura concedido pela Justiça. Segundo consta na Sejusp, ele já esteve em diversas unidades prisionais do estado desde março de 2016. A PM informou que ele tem quinze registros policiais, sendo duas por homicídio.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Militar, a dupla foi até o bairro para roubar uma caminhonete Hilux. A presença dos suspeitos foi denunciada, o que levou várias guarnições até a região.

A dupla dirigia um Fiat Uno prata quando foi avistada por uma viatura, dando início a uma perseguição, que só terminou quando eles atingiram um motociclista em uma avenida do bairro.

O carro dos suspeitos parou de funcionar e eles fugiram a pé. O sargento Dias perseguiu Welbert até a avenida Saramenha, onde um dos fugitivos sacou uma arma e disparou contra o policial. O militar foi atingido duas vezes na cabeça e uma em uma das pernas. Ele foi socorrido para o Hospital João XXIII por uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Welbert foi baleado na mesma avenida e preso. Já Geovanni, tentou, por horas, fugir dos militares. Ele chegou a se esconder em uma casa, onde trocou tiros e correu para uma mata da região. O suspeito só foi encontrado na madrugada de sábado (06/1), escondido na lama de um chiqueiro.

A dupla foi presa e encaminhada para um hospital de BH. Os dois suspeitos passaram o dia internados sob escolta policial. Em audiência de custódia na manhã de domingo (7), o juiz decidiu por manter ambos presos.