A rede de calçados Görtz, com sede na Alemanha, declarou falência na Áustria sob o nome GAT Retail GmbH, mas pretende continuar operando enquanto passa por um processo de reestruturação. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (28) pela Associação de Proteção aos Credores da Áustria (AKV).
- A falência envolve sete lojas da GAT em território austríaco
- Empresa promete pagar 20% das dívidas em até dois anos
- A crise começou com a insolvência do grupo Görtz na Alemanha
Crise atinge 108 credores e dívida chega a € 2,3 milhões
Segundo o comunicado oficial da AKV, o caso afeta 108 credores, com um total de créditos estimado em 2,3 milhões de euros. A varejista já desenvolveu um plano de reestruturação com o objetivo de evitar inadimplência futura e manter as operações funcionando normalmente.
O plano prevê que os credores receberão 20% dos valores devidos ao longo de um período de até dois anos, contados a partir da aprovação judicial da proposta. Os quase 60 funcionários que atuam nas sete lojas da rede na Áustria receberam seus salários até julho, inclusive.
Insolvência é reflexo de crise anterior na matriz alemã
A atual situação da GAT na Áustria é consequência direta da segunda crise financeira do Grupo Görtz na Alemanha, que enfrentou outro processo de insolvência em janeiro de 2025. A empresa alemã já havia passado por recuperação judicial, concluída em julho de 2023.
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Fundada em Hamburgo, a Görtz é uma varejista tradicional de calçados na Europa, com décadas de atuação. A tentativa de recuperação da operação austríaca mostra um esforço de reestruturação regional, mesmo diante das dificuldades do grupo-mãe.
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Número de falências cresce na Áustria
A crise da GAT acontece em um contexto mais amplo: a Áustria vem registrando um recorde no número de falências empresariais em 2025, segundo dados locais. Diversas marcas do setor de vestuário e varejo, como a rede de lingerie Palmers, também enfrentaram processos semelhantes nos últimos meses.
A reestruturação da GAT ainda depende de aprovação legal, mas a expectativa da empresa é preservar empregos e garantir continuidade nas operações, mesmo com parte da dívida sendo perdoada.