
Especialista dá dicas financeiras para quem quer realizar sonhos em 2025
Carolina Ramos, diretora regional da Unicred do Brasil, compartilhou algumas estratégias para um bom planejamento econômico
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Siga noO início de um novo ano é sempre acompanhado de expectativas, especialmente quando o assunto envolve grandes conquistas, como a compra de um carro, aquisição de um imóvel ou uma viagem dos sonhos. Mas, para que essas metas saiam do papel, é fundamental que o planejamento financeiro seja priorizado, incluindo técnicas para manter as finanças organizadas. Pensando nisso, a diretora regional da Unicred do Brasil (Núcleo Multirregional), Carolina Ramos, explicou ao Estado de Minas algumas estratégias para um bom planejamento econômico.
Inicialmente, é importante entender que a educação financeira precisa vir antes do planejamento. No mundo atual, em que as tentações de gastos são constantes, ter o conhecimento para gerenciar o dinheiro é essencial para proporcionar a independência e aumentar a segurança. O brasileiro não tem o hábito de se educar financeiramente e isso precisa ser introduzido às crianças, desde a infância, pois esse conhecimento as tornam adultos mais conscientes no futuro.
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Controle de gastos
Uma das primeiras estratégias a ser considerada é a de controle de gastos; ter consciência do quanto se ganha e quanto se pode gastar. Para isso, é interessante fazer uma planilha de gastos.
Nessa planilha são colocados, de forma detalhada, todos os gatos, sem exceção. Ela pode ser de uso pessoal, familiar ou empresarial. Com a planilha fica claro se todas as despesas são necessárias ou se você está gastando mais do que deveria com coisas superficiais. Também é possível ver de onde sai e para onde vai o dinheiro, possibilitando uma maior compreensão de seus hábitos financeiros.
Reserva de Emergência
Uma boa organização dos gastos e movimentação permite a criação de uma reserva de emergência. Manter uma reserva de dinheiro, considerando que as pessoas podem precisar de uma quantia maior de dinheiro diante de um imprevisto ou ficar sem uma fonte de renda (como muitas ficaram na pandemia, por exemplo), é fundamental.
Consórcio x Financiamento
O consórcio e o financiamento são duas opções populares para adquirir bens ou serviços, mas decidir entre qual deles escolher, depende das suas necessidades e prioridades.
O consórcio é uma modalidade baseada no planejamento coletivo, onde um grupo de pessoas contribui mensalmente para formar um fundo comum. Esse fundo é usado para contemplar os participantes por meio de sorteios ou lances, permitindo que adquiram o bem desejado. A principal vantagem do consórcio é que ele não envolve juros, apenas uma taxa de administração, que geralmente é menor que os juros cobrados em um financiamento. Além disso, ele é ideal para quem não tem pressa em adquirir o bem, já que a contemplação pode demorar. Por outro lado, mesmo após ser contemplado, o participante deve continuar pagando as parcelas até o término do contrato, o que exige planejamento financeiro.
Já o financiamento é uma alternativa voltada para quem precisa do bem de forma imediata. Nesse caso, o banco ou instituição financeira concede um crédito para a compra, e o cliente paga o valor em parcelas mensais que incluem juros. Apesar de possibilitar a aquisição imediata, o financiamento costuma ter um custo final mais elevado devido à incidência de juros, que varia conforme o prazo de pagamento e o perfil do cliente. Ele também exige aprovação da instituição financeira, que analisa fatores como renda e histórico de crédito antes de liberar o valor.
Investimento
Antes de realizar a aplicação, é preciso entender que o investimento gira em torno do perfil do investidor, logo, conhecer seu perfil é necessário para que exista um direcionamento quanto aos objetivos e um entendimento dos riscos que você está ou não, disposto a correr. Há três tipos de investidores mais comuns:
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O mais arrojado
O arrojado é aquele investidor que aceita os riscos de variação em seus rendimentos ou até mesmo alterações em seu capital investido inicialmente. Isso porque ele acredita que a longo prazo todas as movimentações trarão resultados positivos ou, pelo menos, de reequilíbrio.
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O mais moderado
O investidor moderado é aquele que aplica uma parte dos seus recursos em investimentos com menor estabilidade e liquidez, entendendo que os retornos financeiros nessas modalidades vêm a médio e longo prazo e que, por isso, elas apresentam um grau de risco médio em suas variações. Como parte de sua estratégia, aplica outro montante em investimentos mais conservadores, inclusive garantindo certa liquidez para um resgate rápido caso seja necessário.
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O mais conservador
O investidor considerado conservador é aquele que prefere não correr riscos na valorização de perder o dinheiro que decidiu aplicar. Ele pode ter planos definidos para o uso de seus recursos, mas sem grandes oscilações ou regras complexas de serem entendidas e acompanhadas. É como escolher uma estrada tranquila, mesmo que ela seja mais longa.
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A especialista em crédito Carolina Ramos recomenda que, em caso de dúvidas, o mais seguro é entrar em contato com um especialista financeiro, uma vez que o profissional oferece expertise, conhecimento de mercado, assistência no estabelecimento de metas financeiras, gestão de investimentos e planejamento de aposentadoria. Além disso, a consultoria financeira pode ajudar a reduzir o estresse através de planejamento e estratégias para diminuir gastos que, muitas vezes, podem ser evitados.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais